segunda-feira, 4 de novembro de 2013

O Maranhão pode mais : Weverton Rocha


pobreza
Crédito: Oswaldo Viviani


Construir um Estado desenvolvido não é tarefa fácil. Para garantir uma vida longa e saudável da população, acesso ao conhecimento e padrão de vida digno é preciso investir em políticas públicas e na construção de uma ação conjunta entre todos os atores da sociedade por um Maranhão melhor. Infelizmente, essa ainda não é a realidade que tanto sonhamos. Mesmo com o crescimento do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o Maranhão ocupa a penúltima posição do ranking, segundo o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, divulgados pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e o PNUD (Programa das Nações Unidas pelo Desenvolvimento no Brasil).
Há mais de 10 anos, o município de Fernando Falcão é condenado a ficar entre os piores IDHs do Brasil. Infelizmente, entre 2000 e 2010, Marajá do Sena também passou a integrar as cidades piores classificadas. Mas, o retrato do Maranhão é ainda pior: temos a pior renda per capita média do país e o menor índice de esperança de vida ao nascer. Mas, poderíamos estar em uma situação diferente. Temos potencialidades que precisam ser melhor exploradas. Temos o apoio do Governo Federal que destina recursos para áreas essenciais como saúde e educação. Mas, é preciso saber como e aonde investir para garantirmos que os recursos cheguem de fato a quem mais precisa.
Continuamos a insistir em uma educação de qualidade. Ampliar os índices de escolaridade da população adulta e o fluxo escolar dos jovens é saber que estamos proporcionando acesso ao conhecimento e melhores oportunidades futuras de colocação profissional e renda familiar. Nesse sentido, se não houver uma preocupação com a elevação de escolaridade e qualificação profissional dos jovens, valorizando programas como o Estação Juventude, do Governo Federal, que ajudamos a implantar no Estado, assim como o ProJovem, não conseguiremos avançar na construção de um Maranhão mais desenvolvido. É preciso dar oportunidade e garantir direitos.
Precisamos envolver gestores estaduais e federais em uma sintonia a favor do povo maranhense, identificando regiões mais necessitadas e trazendo para o Estado programas e ações específicas para sanar problemas básicos desses municípios que precisam de uma atenção maior. Mas, por meio do diálogo, também é possível envolver outros atores políticos que ajudem nesse desafio de alguma forma, ampliando o espaço de participação da sociedade. Somente juntos conseguiremos sair desse ranking que arrasta o nosso Estado para uma situação de miséria.
Essa é a hora de nos envolvermos com a política porque é ela que ajuda a transformar essa realidade. É somente por meio da nossa participação que poderemos mudar e melhorar esses índices.

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