Mecânico
tentou matar sobrinho e executou testemunha do crime na véspera de
Natal. Motivo é uma briga familiar por causa de um terreno
Marlon nada tinha com briga
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Na
noite da véspera de Natal, o mototaxista Marlon Santos Gomes poderia
ter ficado em casa com a família, mas, antes da ceia, optou por sair a
trabalho. Acabou morrendo após ser baleado nas costas devido a uma briga
familiar - por causa de um terreno - que nada tinha a ver com ele. O
crime aconteceu por volta das 20h30 de terça-feira, na Rua Lopes Trovão,
na Massaranduba. Quem matou Marlon foi o mecânico Ângelo David da
Silva, depois de ter baleado no braço e nas costas o próprio sobrinho,
um adolescente de 16 anos que pegou corrida com o mototaxista.
Ontem pela manhã, o garoto já estava em casa.
Seu pai, Marcos Aurélio Soares, 46, disse que o cunhado Ângelo tinha uma
oficina num terreno de outro parente, que proibiu a entrada do mecânico
na área após ele ficar mais de um ano sem pagar o aluguel, com a dívida
chegando a R$ 3.800. “Ele (Ângelo) atirou em mim porque eu disse para
meu outro tio não ceder para ele retornar à oficina. Ele chegou a entrar
na Justiça pela posse do terreno, dizendo que já pagou a dívida”, disse
o rapaz.
Festa
O adolescente contou que estava numa festa em casa, ao lado do terreno. Então, saiu para comprar mais cerveja e pegou a corrida com Marlon, no ponto em frente à residência. “Ele era conhecido, pedi a ele para eu ir pilotando. A gente já tinha montado. Foi quando dei a partida, passei a marcha, senti o meu braço formigar e vi que meu tio estava armado”, relatou o jovem, que percebeu depois que a bala havia atravessado o braço direito e se alojado nas costas.
O adolescente contou que estava numa festa em casa, ao lado do terreno. Então, saiu para comprar mais cerveja e pegou a corrida com Marlon, no ponto em frente à residência. “Ele era conhecido, pedi a ele para eu ir pilotando. A gente já tinha montado. Foi quando dei a partida, passei a marcha, senti o meu braço formigar e vi que meu tio estava armado”, relatou o jovem, que percebeu depois que a bala havia atravessado o braço direito e se alojado nas costas.
“Mesmo ferido, corri, mas meu tio continuou atirando
e atingiu o brother (Marlon) que não tinha nada a ver com a história.
Ele ia só me levar pra comprar cerveja”, lamentou o garoto. Segundo ele,
a tragédia poderia ser maior. “Na hora que meu tio atirou, tinha muita
gente na rua, inclusive crianças”.
Garoto
de 16 anos foi baleado no braço ao pegar corrida com mototaxista. O
atirador, seu tio, briga por terreno que pertence a outro parente
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De
acordo com Marcos Soares, ao saber que o sobrinho já estava em casa,
Ângelo voltou na manhã de ontem para tentar matá-lo mais uma vez. “Ele
veio aqui para terminar o serviço. Parou com uma Saveiro prata na frente
e vinha em nossa direção. Foi quando fechei o portão”, contou Marcos ao
lado do filho, que tinha dificuldade para mexer o braço direito com
curativo.
Após o crime, as duas vítimas baleadas foram
socorridas por vizinhos ao Hospital São Jorge, no Caminho de Areia, onde
Marlon morreu. O adolescente foi transferido para o Hospital Ernesto
Simões Filho, no Pau Miúdo.
Investigação
Depois de passar por cirurgia para extração da bala, o rapaz teve alta no mesmo dia. “Passamos quase três horas com dois delegados do Departamento de Homicídios que iniciaram as investigações, mas não entendo porque esse assassino ainda está solto”, declarou Marcos.
Depois de passar por cirurgia para extração da bala, o rapaz teve alta no mesmo dia. “Passamos quase três horas com dois delegados do Departamento de Homicídios que iniciaram as investigações, mas não entendo porque esse assassino ainda está solto”, declarou Marcos.
Sobre Marlon, ele disse saber apenas que o motoboy
morava no Uruguai. Marlon nasceu em Ubaíra, na região Sul do estado. O
CORREIO não localizou seus familiares. O caso é apurado pelo delegado
Jamal Amad, do Departamento de Homicídio. Até a noite de ontem, não
havia informações sobre a prisão do suspeito.
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