Deputado perde o cargo na Assembleia e faz duras críticas à fala do governador em relação ao PT e Wellington Dias.
Um dos prejudicados com a
reforma administrativa anunciada pelo governador Wilson Martins e que
teve seu desfecho nesta quinta (02), o deputado petista João de Deus
avalia as consequências do ato do governador e rebate as críticas de que
Wellington Dias (PT) colocou a pré-candidatura na rua apoiado por dois
dos maiores críticos do governo: os senadores Ciro Nogueira (PP) e João
Vicente Claudino (PTB).
Wilson
Martins disse ainda que foi procurado por W.Dias, mas que não houve a
prometida conversa, que aconteceria entre o Natal e o réveillon. Com
esse discurso, o governador justificou sua posição de retirar os
petistas do governo e levou para o anúncio sete partidos componentes da
base, mostrando que está amparado em sua decisão.
Deputado João de Deus
O
deputado João de Deus assumiu a vaga deixada por Merlong Solano (PT),
que ocupou a Secretaria das Cidades. Agora, João de Deus desocupa a
cadeira e volta às suas atividades. "Isso já era esperado. Avaliava que
isso mais cedo ou mais tarde aconteceria", afirma.
Na
opinião de João de Deus, a decisão do governador teve como fundamento
afastar o PT, que já tem candidato definido, para lançar um candidato
ligado a ele. E mais.
João
de Deus afirma que não acredita que Wilson Martins permaneça no cargo,
possibilidade que vem levantando nos últimos dias. O deputado declarou
que pode acontecer com o PMDB o mesmo que ocorreu com o PT. "Na minha
avaliação, ele diz que fica para cortar uma negociação com o Zé Filho
[vice-governador, pré-candidato do PMDB à sucessão]", diz.
Ainda
na avaliação de João de Deus, o que ocorreu foi "falta de respeito" por
parte do governador, já que Wilson ocupou a vaga deixada por Wellington
Dias. "O que houve foi uma falta de respeito do governador para com
aqueles que o elegeram. Ele foi derrotado pelo PT em 2002. Em 2006 ele
aderiu, veio para o lado do PT. O PT confiou nele, confiou o comando do
Estado a ele", lembra.
Perguntado
se considera o ato uma traição, João de Deus prefere deixar a conclusão
para a opinião pública. "Acho que o mérito da traição fica com o povo
do Piauí. Ele deveria ter um comportamento digno de alguém que recebe
total confiança, um comportamento digno da altura do cargo [que
exerce]", comenta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário