quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Depoís de elogiar Wilson por mais de três anos João de Deus agora parte para o ataque

Deputado perde o cargo na Assembleia e faz duras críticas à fala do governador em relação ao PT e Wellington Dias.

 
 
 
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Um dos prejudicados com a reforma administrativa anunciada pelo governador Wilson Martins e que teve seu desfecho nesta quinta (02), o deputado petista João de Deus avalia as consequências do ato do governador e rebate as críticas de que Wellington Dias (PT) colocou a pré-candidatura na rua apoiado por dois dos maiores críticos do governo: os senadores Ciro Nogueira (PP) e João Vicente Claudino (PTB).

Wilson Martins disse ainda que foi procurado por W.Dias, mas que não houve a prometida conversa, que aconteceria entre o Natal e o réveillon. Com esse discurso, o governador justificou sua posição de retirar os petistas do governo e levou para o anúncio sete partidos componentes da base, mostrando que está amparado em sua decisão.

Deputado João de Deus

O deputado João de Deus assumiu a vaga deixada por Merlong Solano (PT), que ocupou a Secretaria das Cidades. Agora, João de Deus desocupa a cadeira e volta às suas atividades. "Isso já era esperado. Avaliava que isso mais cedo ou mais tarde aconteceria", afirma.

Na opinião de João de Deus, a decisão do governador teve como fundamento afastar o PT, que já tem candidato definido, para lançar um candidato ligado a ele. E mais.

João de Deus afirma que não acredita que Wilson Martins permaneça no cargo, possibilidade que vem levantando nos últimos dias. O deputado declarou que pode acontecer com o PMDB o mesmo que ocorreu com o PT. "Na minha avaliação, ele diz que fica para cortar uma negociação com o Zé Filho [vice-governador, pré-candidato do PMDB à sucessão]", diz.

Ainda na avaliação de João de Deus, o que ocorreu foi "falta de respeito" por parte do governador, já que Wilson ocupou a vaga deixada por Wellington Dias. "O que houve foi uma falta de respeito do governador para com aqueles que o elegeram. Ele foi derrotado pelo PT em 2002. Em 2006 ele aderiu, veio para o lado do PT. O PT confiou nele, confiou o comando do Estado a ele", lembra.

Perguntado se considera o ato uma traição, João de Deus prefere deixar a conclusão para a opinião pública. "Acho que o mérito da traição fica com o povo do Piauí. Ele deveria ter um comportamento digno de alguém que recebe total confiança, um comportamento digno da altura do cargo [que exerce]", comenta.

O PT, ainda de acordo com o deputado, segue sua caminhada. "A gente começou sozinho, fazendo a luta que nós sabemos fazer. Vou estar à disposição do partido. O PT vai precisar  de lideranças. Essa posição do Wilson Martins só nos encoraja", finaliza ( Cidadeverde )

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