Maria Cleide Lopes da Silva tinha 36 anos e usava o produto há quase dez anos
Maria Cleide usava o produto há 10 anos
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Uma
mulher morreu na madrugada desta sexta-feira (3), em Barreiras, em um
hospital da cidade, depois de ser internada com sintomas de intoxicação.
A família de Maria Cleide Lopes da Silva, de 36 anos, suspeita que a
mulher tenha passado mal depois de usar um produto para alisar o cabelo.
De acordo com o delegado titular de Barreiras,
Francisco de Sá, a aplicação do produto foi feita pela própria Maria
Cleide, que começou a ter reações alérgicas logo em seguida.
"Ela foi internada com edema na cabeça, no rosto e couro cabeludo", relata o delegado. "O relatório médico do óbito apontou como causa da morte, intoxicação", completa.
"Ela foi internada com edema na cabeça, no rosto e couro cabeludo", relata o delegado. "O relatório médico do óbito apontou como causa da morte, intoxicação", completa.
A irmã de Maria Cleide, Marineide Lopes, disse que
ela costumava usar o produto há quase dez anos e nunca havia tido
nenhuma reação alérgica. O produto alisante é da linha Salon Line que
usa guanidina como ingrediente ativador. O marido de Maria Cleide, que é
cabeleireiro teria pedido a esposa que usasse o produto com cuidado.
Segundo Marineide, quando as reações alérgicas
começaram a irmã foi para uma Unidade de Pronto Atendimento 24 Horas da
cidade. Como a irritação continuou ela deu entrada no Hospital do Oeste
(HO). "No HO ela foi medicada e mandaram ela para casa, mas ela
continuou passando mal", relata Marineide. Só então Maria Cleide foi
para o Hospital Eurico Dutra, onde faleceu.
A Vigilância Sanitária da cidade realizou vistorias
na casa de Maria Cleide e no salão do marido dela para verificar se
existia algum produto potencializador dos efeitos do alisante que
pudesse ter causado as reações na mulher. No entanto, nada foi
encontrado. O pote utilizado por Maria Cleide foi apreendido e vai
passar por perícia no Departamento de Polícia Técnica (DPT) de
Barreiras. O DPT realizou também a necrópsia no corpo da mulher para
descobrir o real motivo da intoxicação.
A Vigilância Sanitária de Barreiras está recolhendo também as unidades do produto nos mercados da cidade para análise e notificou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com o objetivo de que uma vistoria seja relaizada na fábrica do alisante, a fim de verificar possíveis produtos tóxicos.
A Vigilância Sanitária de Barreiras está recolhendo também as unidades do produto nos mercados da cidade para análise e notificou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com o objetivo de que uma vistoria seja relaizada na fábrica do alisante, a fim de verificar possíveis produtos tóxicos.
"Também entramos em contato com o Serviço de
Atendimento ao Consumidor (SAC) da empresa para pedir orientações sobre
quais procedimentos utilizar, mas eles dizem que vão passar para um
técnico, que nunca atende", informa o Márcio Pitta, diretor da
Vigilância Sanitária de Barreiras. O corpo de Maria Cleide foi liberado
do DPT no meio da tarde desta sexta-feira.
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