O escritor e poeta paraibano Ariano Suassuna, no poema “A Mulher e o Reino”, exalta a amada, revolta-se contra a razão e imortaliza o amor.
A MULHER E O REINO
Ariano Suassuna
Oh! Romã do pomar, relva esmeralda
Olhos de ouro e azul, minha alazã
Ária em forma de sol, fruto de prata
Meu chão, meu anel , cor do amanhã
Oh! Meu sangue, meu sono e dor, coragem
Meu candeeiro aceso da miragem
Meu mito e meu poder, minha mulher
Dizem que tudo passa e o tempo duro
tudo esfarela. O sangue há de morrer
Mas quando a luz me diz que esse ouro puro
se acaba pôr finar e corromper
Meu sangue ferve contra a vã razão
E há de pulsar o amor na escuridão
se acaba pôr finar e corromper
Meu sangue ferve contra a vã razão
E há de pulsar o amor na escuridão
(Colaboração enviada por Paulo Peres – site Poemas & Canções)
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