domingo, 30 de março de 2014

Advogada em cadeia de PMs


Mulher foi condenada por negociar armas e drogas
 
 

A Unidade Prisional da Polícia Militar, o antigo BEP, em Benfica, abriga 295 detentos nas carceragens de três galerias. E, num pequeno quarto sem grades, com banheiro próprio no lado de fora, está uma detenta que nunca usou farda. A advogada Nilza Leite da Silva, acusada de integrar uma quadrilha que negociava armas e drogas do Paraguai ao Rio, foi condenada a 13 anos de reclusão em primeiro grau, em outubro de 2013. No mês seguinte, o ministro Ricardo Lewandowski determinou a sua transferência para "uma sala, em unidade militar, sem grades, e que ofereça instalações e comodidades condignas".
Há quatro meses na unidade por causa de uma determinação da 3ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro, Nilza requereu a revogação da custódia preventiva e a conversão em prisão domiciliar, alegando que tem 250 quilos e sofre de obesidade mórbida e hipertensão. O pedido foi indeferido, mas a advogada apresentou petição, argumentando que a PM não possui prisão especial com acomodações capazes de garantir a sua individualidade. Procurada, a Polícia Militar não se manifestou sobre o assunto.
Nilza já representou o traficante Alexandre Bandeira de Melo, o Piolho. Mesmo preso, Piolho, que chefiava o Morro do Dezoito, em Água Santa, arquitetou o próprio resgate, enquanto estava numa audiência no Fórum de Bangu, no dia 31 de outubro de 2013. Na ação frustrada, um PM e um menino de 8 anos foram mortos.

 


 

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