A presidenta
Dilma Rousseff solidarizou-se hoje (31) com a jornalista Nana Queiroz,
que foi ameaçada na internet após iniciar uma campanha nas redes sociais
contra a violência contra a mulher. O protesto virtual "Não mereço Ser
Estuprada" foi criado em resposta à pesquisa do Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea), divulgada na última semana, que mostrou que a
maioria dos brasileiros concorda que o comportamento da mulher pode
motivar o estupro.
"A jornalista Nana
Queiroz se indignou com os dados da pesquisa do Ipea sobre o machismo na
nossa sociedade. Por ter se manifestado nas redes contra a cultura de
violência contra a mulher, a jornalista foi ameaçada de estupro. Nana
Queiroz merece toda a minha solidariedade e respeito", escreveu hoje a
presidenta em sua conta pessoal no Twitter.
Dilma disse ainda que "o governo e a lei" estão do lado da jornalista e de todas as mulheres ameaçadas ou vítimas de violência.
Nana
Queiroz postou uma mensagem no Facebook na sexta-feira (28) com uma
foto em frente ao Congresso Nacional, em que aparece sem camiseta e com a
frase "Não mereço ser estuprada" escrita no corpo, convocando o
protesto virtual. Várias mulheres publicaram fotos semelhantes,
demonstrando indignação com a pesquisa.
Após
a publicação, a jornalista foi ameaçada por internautas. "Amanheci de
uma noite conturbada. Acreditei na pesquisa do Ipea e experimentei na
pele sua fúria. Homens me escreveram ameaçando me estuprar se me
encontrassem na rua, mulheres escreveram desejando que eu fosse
estuprada", relatou Nana em sua página na rede social. Agência Brasil
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