Vulnerável politicamente, governo Dilma se reforça com experiência de Berzoini
Ricardo Berzoini vai assumir a Secretaria de Relações Institucionais, até então ocupada por Ideli Salvatti, que deixa a pasta para comandar a Secretaria de Direitos Humanos.
A atual ministra, Maria do Rosário, deixa o governo para concorrer às eleições de outubro. A posse dos novos ministros está marcada para terça-feira (1), às 11h, no Palácio do Planalto. As informações são da Agência Brasil.
Dilma, que, muitas vezes parece carecer de um respaldo político de quadros experientes do PT, ganha um reforço chamado Berzoini justamente no momento em que o governo cai na aprovação e a CPI da Petrobras ameaça abrir flancos na gestão.
Isso sem falar que o ano é de eleições e a presidente vai tentar um novo mandato. Ou seja, Dilma e o PT vão pra guerra em terreno movediço.
A presidente, que sempre teve dificuldade de ordem política – ou politiqueira, aquele varejo que exige jogo de cintura de quem lidera alianças – optou por gente não muito palatável para áreas que exigem maior traquejo. A presença de de Ideli nas Relações Institucionais, por exemplo, foi sempre criticada.
Segundo o site Poder Online (iG), o PT argumentava que estava mal representado na Esplanada.
Queixava-se do fato de muitos dos ministros que integravam sua cota no governo serem, na prática, muito mais alinhados à própria presidente que ao partido.
Reservadamente, petistas citavam nomes como o do chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, como um dos “ministros da Dilma”. Diziam o mesmo de Ideli.
Presidente nacional do PT por dois mandatos, Berzoini tem fama de conciliador, mas acumulou críticas, principalmente no final de sua segunda passagem pelo comando partidário.
Por ter aval direto de Lula, sua indicação também é recebida como uma de reabilitação de sua relação com o ex-presidente.
Algumas alas petistas, entretanto, preferiam ver Berzoini em outra pasta, com orçamento e estrtutura mais robustos. Falavam em alocá-lo no Ministério das Comunicações, por exemplo.
Diziam que a articulação política só seria seu destino adequado se houvesse, por parte do governo, a disposição real de fortalecer a pasta.( Josue Nogueira, Diário de Pernambuco )
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