terça-feira, 27 de maio de 2014

Arnaldo Melo e a Assembleia Legislativa foram humilhados




Consórcio Sarney-Lobão humilhou a Assembleia. O próximo passo é substituir as peças.
Consórcio Sarney Lobão humilha a Assembleia. O próximo passo é substituir as peças. É como dizia Montesquieu na teoria de separação dos poderes: só um poder pode barrar outro poder.
Quando um poder, portanto, resolve abrir mão de ser poder para submeter-se a outro, o resultado é a aniquilação  de seus próceres.
Não foi apenas Arnaldo Melo o humilhado no desfecho da disputa pela vaga de candidato ao senado no PMDB, que impôs na marra o nome de Gastão Vieira.
Nos corredores da Assembleia Legislativa, todo deputado estadual  sabe que há em curso no Palácio dos Leões um projeto para que nenhum dos atuais parlamentares ainda governistas, consigam se reeleger.  A exceção é Edilázio Jr, cuja sogra é a desembargadora Nelma Sarney e Roberto Costa, apadrinhado do Senador João Alberto. Os dois são os únicos que ainda defendem o governo na tribuna daquela casa.
Sarney e Lobão trabalham para garantir que suas próprias famílias permaneçam no poder usando especialmente o parlamento. Zequinha Sarney lançará o filho, Adriano, à sucessão estadual, Ricardo Murad tem em mentes lançar a filha e o genro. Os Lobão e os Sarney tem outros tantos preferidos e nenhum deles está entre os atuais parlamentares.
Arnaldo Melo e a Assembleia Legislativa votaram TUDO que o grupo Sarney quis nos últimos anos. A casa se submeteu até a participar de uma jogada estapafúrdia, abrindo mão de sua vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE) para deslocar o vice governador e abrir espaço para uma candidatura indireta de Luís Fernando Silva ao governo do Estado, como queria Roseana. Tudo o mais que o governo quis foi aprovado sem dificuldades, ainda que custasse o desgaste do parlamento estadual.
Em troca dos favores prestados nos últimos anos, tudo o que o Parlamento pediu à governadora Roseana Sarney foi a indicação de Arnaldo Melo para ser o candidato do PMDB ao Senado. Fizeram ato e abaixo assinado em prol de Melo. O governo respondeu com  a típica solução vinda de cima para baixo, passando por cima de todos.
Se havia alguma dúvida junto a alguns parlamentares governistas de que o consórcio Sarney-Lobão vai canibalizar a própria base aliada para garantir espaço a familiares e neo-acólitos, com esse gesto humilhante de impor o nome de Gastão Vieira goela abaixo, não há mais.

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