sexta-feira, 2 de maio de 2014

Paulinho (da Força Sindical) radicaliza e diz que Dilma vai acabar na Papuda


Fausto Macedo
O Estado de S. Paulo
O ato político promovido pela Força Sindical transformou-se em palanque da oposição no 1º de Maio em São Paulo. Os presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), opositores do governo Dilma Rousseff (PT), criticaram a petista para uma multidão de 1 milhão de trabalhadores, segundo estimativa da central, na Praça Campo de Bagatelle.
Eles atacaram a presidente principalmente por ela ter usado cadeia de rádio e TV na noite de quarta feira, 30, para anunciar medida provisória de correção da tabela do Imposto de Renda em 4,5% e reajuste de 10% para o Bolsa Família. “Ela fez proselitismo político”, disse Aécio. “Ela (Dilma) foi ontem à televisão falando que quer dialogar com a classe trabalhadora e hoje está fechada no Palácio do Governo, não veio aqui olhar para vocês, explicar porque a inflação voltou, porque o crescimento sumiu e porque a decência anda em falta no atual governo.”
Campos, por seu lado, após o pronunciamento, declarou que, se eleito, vai blindar a Petrobrás de influências e ingerências políticas e cobrou profissionalismo na gestão da estatal petrolífera.
ESCÂNDALOS DA PETROBRAS
O deputado Paulinho da Força (Solidariedade) radicalizou o discurso, ao falar dos escândalos que cercam a Petrobrás. Ele disse que Dilma vai parar no presídio da Papuda, em Brasília. O ministro do Trabalho, Manoel Dias, saiu em defesa da presidente e do governo. “Ele (Paulinho) não precisava ofender a presidente. Os trabalhadores tiveram aumento real de salário nesses últimos anos, 40,9% acima da inflação. O aumento do salário mínimo já está em 78% acima da inflação. Geramos 21 milhões de empregos em 10 anos.”
O secretário geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, deixou o evento contrariado. “Esse tipo de reação dele (Paulinho) eu não levo a sério. Não podemos levar a sério esse tipo de declaração feita nesse momento. Já estou acostumado. Eu não vou fazer guerra nenhuma. Esse tipo de manifestação não é ouvido pela gente. O que eu ouço é a fala séria do João, do Miguel do Juruna, de todo o pessoal da Força.”
Carvalho disse que não foi ao palanque de Paulinho, mas dos trabalhadores. “Espera aí, esse é o palanque respeitável de milhares e milhares de trabalhadores da Força.”
 
 

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