Pedro Ricardo Maximino
Conforme relatado por Hélio Fernandes, muitos afirmam que o
carrancudo Joaquim Barbosa era intragável, não tinha amigos, era isolado
por onde passava, metade da sua personalidade era de força e inimizade à
primeira vista.Discriminado, foi subalterno no Itamaraty, mas sortuda e espertamente ganhou o mundo. Quando se elevou a procurador, continuou com seus cursos no exterior, facilmente conseguidos pelo desejo de tê-lo bem distante.
Fluente em vários idiomas e diplomado por excelentes universidades, fora do Brasil o sisudo brigão, nada amigável, surpreendentemente fez muitos amigos, impressionados admiradores da sua ascensão em uma sociedade segregacionista e racista.
Foi parar no STF, fez história, virou estrela do julgamento do mensalão. Se aposentou, não suportaria o ostracismo e a submissão, além de poder capitalizar muito bem sua saída estratégica para a antítese, bem como a sua memória contrastante com os julgamentos seguintes a sua ausência.
Será que retornará? Dará a volta por muito acima? Até onde podem ir a vaidade e a ambição de um homem que, com seus erros e acertos incompletos, fascina grande parcela de nossa nação.
Afirma que se dedicará às lutas contra a discriminação racial. De toda forma, sua sobrevida é inafastável da política.
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