O debate foi mediado pela apresentadora Maia Veloso e teve início às 13h. No primeiro bloco, os candidatos responderam por que querem ser senador do Estado do Piauí. Nos três blocos seguintes, serão respondidas perguntas feitas pelos próprios candidatos e internautas, e no último bloco, os candidatos farão as considerações finais.
Acompanhe:
Wilson Martins (PSB)
Wilson respondeu no primeiro bloco porque quer ser senador. “Quero fazer valer a vez e a voz do Piauí no senado. Nós vamos fazer valer o nosso direito que é legítimo, que ao longo dos anos tem sido descriminado. O senador da república do Piauí tem o mesmo valor que senador de São Paulo. Vamos fazer valer a força. Quero não só articular, mas também liderar projetos importantes que devem ser discutidos de forma rápida para angariar mais recursos para o nosso estado”, disse Wilson.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Governador Wilson Martins
O
ex-governador foi questionado por Aldir Nunes, no segundo bloco, sobre o
fato da sua esposa Lilian Martins ter sido escolhida como conselheira
do TCE. Aldir Nunes afirmou que Wilson manipulou e influenciou os
parlamentares da Assembleia Legislativa para que sua esposa fosse
escolhida conselheira. E questionou se ele se considera moralmente apto para ser senador.“Lamento que o candidato não tenha informações e não esteja falando a verdade. Eu não nomeie ninguém e o processo é de responsabilidade do poder legislativo. O Piauí nunca teve uma gestão com tanto controle e transparência como a nossa gestão. O Piauí saltou de 24º ao 5º lugar em transparência. O Piauí nesses últimos quatro anos não teve um escândalo. Plantamos um modelo de gestão pública que nos transformou em um dos estados que mais avançaram, em geração de renda e avanço na educação”, afirmou.
Em réplica, Aldir Nunes criticou os órgãos fiscalizadores como TCE e TCU e voltou a criticar Wilson. “O senado federal não precisa de oligarcas. O senhor manipulou sim. Fez com que os parlamentares votassem na sua esposa”, disse.
Em tréplica, Wilson demostrou irritação e rebateu as declarações. “Parece que o candidato não ouviu minha resposta. Foi feito tudo dentro do trâmite constitucional e lamento que alguém queira acabar com os órgãos de controle. Infelizmente não é esse debate que o povo do Piauí deseja ter, o povo quer um debate de propostas”, disse.
Elmano Férrer (PTB)
Elmano começou o primeiro boco falando porque quer ser senador. “Estou aqui no Piauí desde 1966, fui técnico do Sebrae, Secretário de Planejamento do estado e de Desenvolvimento Econômico em três governos. Tenho com a experiência vivida nesse estado, ao longo de 48 anos, conhecendo os seus problemas. Creio que armazenei conhecimento do estado e de sua gente para pleitear desse cargo. Não quero ser um senador político, e sim um senador técnico que reúna condições de representar bem o estado do Piauí”, afirmou.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Elmano Férrer
Elmano Férrer foi questionado, no segundo bloco, por Wilson Martins como ele trataria a questão do pacto federativo.“Eu trabalhei nos três níveis de governo, no federal, estadual e municipal. E sempre considerei que a nossa federação sofre uma injustiça muito grande. E esse é o tema que cabe ao senado discutir. A população do Brasil, de 280 milhões de habitantes, 84% se aglomera na cidades. São lá que acontecem os maiores problemas e recebem menos de 14% de todas as receitas. Nós temos que discutir um novo pacto federativo, é um dos temas mais importantes, é aí entra a questão dos royalties, que no meu entendimento, vem tirar da UTI os municípios. Porque os recursos são insuficientes. Esse tema nós temos que discutir”, disse.
Em réplica, o candidato Wilson Martins criticou a resposta de Elmano. “O Elmano falou, falou e não disse nada do pacto federativo que é o contexto de todos os projetos que tem que serem votados no senado. Não adianta dizer que os municípios estão com problemas, nós sabemos disso. O candidato foi prefeito e sabe as dificuldades. O que é preciso é que seja feita uma reforma tributária”, disse.
Em tréplica, Elmano respondeu Wilson Martins. “Ex-governador, eu estudei direito. As reforma tributária é um item dentro do pacto federativo que é coisa muito mais profunda. Eu citei apenas uma questão que é a transferência de recursos”, disse.
Gustavo Henrique (PSC)
Gustavo falou no primeiro bloco porque gostaria de ser senador. “Quero se candidato para bem representar o Piauí. Senador tem que ter independência. Defender os interesses do nosso estado. Vou registrar em cartório cinco metas e uma cláusula de renúncia se eu não cumprir essas metas. Como por exemplo, eu acredito que todas as emendas dos parlamentares tem que ser alocadas para o Piauí. Tem senador que coloca para o Maranhão. Além de investir metade dos meus recursos em saúde, educação e segurança”, disse.
Imagem: ReproduçãoGustavo Henrique
Gustavo
Henrique foi questionado por Elmano Férrer no segundo bloco, sobre as
propostas que apresentaria no senado na questão de políticas públicas e
geração e empregos.“Esse modelo implantado no governo do estado há 12 anos e continuou pelo Wilson Martins, o que nos vimos foram empresas sendo fechadas. Um fábrica de velas que teve que sair daqui e ir para o Maranhão devido a falta de apoio. Eu tenho viajado muito e onde andamos vimos as pessoas pedindo a reconstrução dos estados. O estado está sucateado. Como senador vamos exigir leis mais rígidas, como na questão tributária para garantir repasses mais justos. Mas em primeiro lugar, o governante precisa ter responsabilidade. A Uespi está aí sucateada. O estado não está bem”, disse.
Em réplica Elmano afirmou que o estado do Piauí é rico e está crescendo. “O Piauí é rico e nós temos que continuar investindo, desde a educação infantil até a educação superior. Concordo que a Uespi está sucateada pela falta de recursos. Temos que atrair investidores. Vejo que está começando a acontecer isso em relação a energia alternativas”, afirmou.
Em tréplica Gustavo “cutucou” o ex-governador Wilson Martins. “As energias alternativas são muito importantes. Só que os investimentos que estão acontecendo são de empresas privadas, mas que alguns candidatos estão dizendo que foram implantados por eles. Precisamos ter ética na política. Ética absoluta no nosso estado”, afirmou.
Aldir Nunes (PCB)
No primeiro bloco, o candidato Aldir Nunes falou porque gostaria de ser senador.” Temos que evitar que o senado continue sendo um depósito. Aqui começa a luta do PCB e PSOL, rumo a uma constituinte livre e soberana que será feita e conquistada na ruas. Se eles tem poder político , nos temos o poder das ruas”.
Imagem: ReproduçãoAldir Nunes
No segundo bloco, Aldir Nunes foi questionado por Gustavo Henrique sobre as suas propostas para a educação, saúde e segurança.“Esses são temas nacionais que devem ser tratados pelo senado. A segurança nacional deve ser única. A polícia militar tem que ser desmilitarizada. É uma herança da ditadura. Polícia Militar é para defender fronteiras e não estar em favelas. A educação tem que ser integral e igual. Integral significa que estuda de manhã e de tarde participa de cursos. O senado não pode ser um depósito de oligarquias”, disse.
Em réplica, Gustavo falou sobre a sua proposta. “Irei destinar a metade das minhas emendas, para a saúde, educação e segurança. Pois são os pilares principais da nossa sociedade”, disse.
Aldir em tréplica falou sobre a saúde. “A saúde tem que ser universal e pública. Isso nós vamos conquistar. O SUS no papel é excelente, mas tem sido desviado para oligarquia que constrói hospital para si mesmo”, disse.
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