quinta-feira, 24 de julho de 2014

Garota de programa envia bilhete a cliente e polícia fecha casa de prostituição

A Polícia Civil fechou um bar que funcionava como casa de prostituição no município de São João do Piauí, a 486 km de Teresina. De acordo com o delegado Regional Jorge Terceiro, além das proprietárias - que são irmãs, foram encontradas no local cinco garotas de programa, uma delas natural do município de Floriano que entregou um bilhete a cliente com pedido de "socorro". 

                          Foto: Portaljenipapo

O bar "Leão de Ouro" funciona há mais de 20 anos e seria herança do pai das proprietárias, que são irmãs. No local haviam seis pequenos quartos e mais dois estavam sendo construídos. Jorge Terceiro conta que a garota, que fez a denúncia, havia saído de casa há mais de um ano e tinha mais de R$ 2 mil em dívidas. 

"Estamos investigando o local há um certo tempo, mas diante das dificuldades em conseguir provas, uma vez que prostituição no país não é crime, só conseguimos efetuar a prisão das proprietárias nesta semana. Uma das garotas entregou um papel com um um número de telefone a um cliente que encaminhou à família da moça que não sabia onde ela estava. O caso foi encaminhado à polícia que deu início as investigações", explica Terceiro. 

A garota que fez a denúncia contou à polícia que era impedida de sair do bar com roupas, malas ou outros pertences pessoais. Ela disse ainda que não pagava aluguel para morar no local e tinha alimentação custeada pelas proprietárias. Por outro lado, à noite, tinha que ficar no bar para atrair clientes. 


"A garota tinha dívidas com roupas e revelou que as proprietárias disseram que se ela saísse sem pagar, seria encontrada. O dinheiro que ganhava, praticamente, era só para entregar às donas do bar que também tinham uma loja de confecção. Por meia-hora em um dos quartos, os clientes pagavam cerca de R$ 15 e se quisessem sair com as meninas tinham que pagar R$ 50", reitera Jorge Terceiro.

O delegado explica ainda que as outras garotas negaram ser mantidas sob cárcere privado, mas há indícios consistentes de que as jovens, todas maiores de idade, eram coagidas psicologicamente. "Ninguém foi encontrada trancada em um quarto, mas pareciam sob forte pressão psicológica. A garota de Floriano já está em casa e agradeceu o trabalho da polícia", reitera. 


As proprietárias do bar, acusadas de favorecimento a prostituição, tiveram a prisão preventiva decretada e continuam custodiadas na Delegacia de São João do Piauí. O delegado Jorge Terceiro conta que a Polícia Civil apura ainda outros crimes e a denúncia de que duas crianças também residiam no local. ( Cidadeverde)



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