Percival Puggina
Em 30 de agosto de 2013, nosso ministro da Fazenda, num surto de otimismo, afirmou à Agência Brasil que esperava um crescimento de 4% no PIB brasileiro durante o ano de 2014. Depois de ter errado todas as suas previsões para o ano de 2013, ele acabou errando, também, em 2014. Ao longo deste ano, as estimativas do ministro foram declinando, minguando, passaram para algo como 2,5%, depois para 2,3% e ontem seu otimismo levou um novo tombo, rebaixando a estimativa para mero 1,8%.
A coisa não pára aí. Estamos no início do segundo semestre e o ministro já lançou essa nova previsão porque os mercados sinalizam números bem piores. Espera o governo que a informação puxe para cima as estimativas do mercado. De fato, os analistas ouvidos no Boletim Focus já falam em 0,97%. Ou seja, uma quarta parte do que Mantega colhia de sua bola de cristal nas previsões feitas em agosto de 2013.
Num ano eleitoral, é muito ruim ao governo que o cenário aponte para uma estagnação da economia porque, junto com ela, há um corolário de redução do emprego e aumento dos gastos com o seguro desemprego.
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