quinta-feira, 24 de julho de 2014

Para atender aos anseios de mudança dos brasileiros, marqueteiro manda Dilma aceitar várias reformas


Carlos Newton
A repórter Luciana Lima, do iG Brasília, revela que a presidente Dilma Rousseff, para tentar satisfazer o desejo dos eleitores por mudança, tendência que apareceu forte em sucessivas pesquisas encomendadas pelo próprio PT, vai passar a defender em sua campanha pela reeleição a necessidade do país fazer quatro grandes reformas.
A sugestão foi feita pelo marqueteiro João Santana, que se tornou uma espécie de 40º ministro do atual governo, um ministro sem pasta, mas que manda mais do que os outros 39, pois é o único ao qual a presidente ouve e… obedece.
Na lista do marqueteiro de Dilma estão destinadas a figurar no horário eleitoral a reforma política, a reforma federativa, a reforma urbana e a reforma dos serviços públicos. Na verdade, são quatro factóides criados pelo marqueteiro, que por enquanto ninguém nem sabe explicar.
PLEBISCITO
Segundo o coordenador da campanha e presidente do PT, Rui Falcão, repetindo a estratégia de junho do ano passado, quando os protestos forçaram uma resposta do governo, Dilma pretende novamente chamar a população para uma reforma política com plebiscito.
“Essa é a primeira reforma que estamos propondo e presidenta vai encampar”, diz Falcão, acrescentando: “A reforma política, através de um plebiscito, significa perguntar ao povo se ele quer continuar com isso que está aí, com políticos que usam o mandato para fins pessoais”.
E completou: “Querem continuar com parlamentares que vocês elegem e depois não parecem mais? Vocês sabem que que tipo de coisa eles estão votando? Que tipo de coisa estão fazendo pelos eleitores? Vocês querem continuar em um sistema que é o poder econômico que decide eleição ou vocês querem ter a oportunidade de participar mais, de opinar sobre orçamento, de opinar sobre políticas públicas de saúde, de educação? “, sugeriu. “Essa é reforma política que nós queremos perguntar através de um plebiscito”.
Caramba, quase doze anos depois de chegar ao poder, o PT resolveu se preocupar com políticas públicas de saúde e educação? Mas qual seria a reforma política que o governo tenciona? Fim da reeleição e  voto distrital com lista de nomes, como sugere Lula? Adoção do regime parlamentarista? Ninguém sabe…
E a reforma federativa? Será um sistema como o americano, em que a segurança pública é municipal e as leis são estaduais? Vamos eleger xerifes, como os municípios da matriz? Os impostos serão melhor divididos entre os três níveis federativos? Ninguém sabe…
E que reforma urbana será esta? Vão obrigar os municípios a terem saneamento básico? Será proibido construir prédios com mais de cinco andares? Haverá coretos obrigatoriamente nas praças? Escolas e hospitais para todos? Ninguém sabe…
E a reforma dos serviços públicos? Como se sabe, os serviços públicos são abastecimento de água e instalação de esgotos, energia, transportes, educação e saúde. Quais são as reformas que o novo governo Dilma Rousseff pretende, ao invadir a competência dos prefeitos. Ninguém sabe…
Traduzindo: vamos deixar de intermediários e colocar logo o marqueteiro João Santana como cabeça de chave. Dilma Rousseff não tem ideias próprias, mas seria uma ótima candidata a vice-presidente.

 
 

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