Dilma, Aécio e Marina colam em candidatos a governadores na tentativa de melhorar a imagem
A
nove dias do primeiro turno das eleições presidenciais, os três
principais postulantes na corrida ao Palácio do Planalto precisam, mais
do que nunca, dos puxadores de voto estaduais para chegar à frente nas
eleições de outubro. Três fatores pesam nessa conta: governadores, como o
tucano Geraldo Alckmin em São Paulo, que têm chance de serem eleitos
ainda em primeiro turno; candidatos populares ao Senado, como Romário
(PSB), que podem emprestar a imagem para catapultar votos em colégios
eleitorais importantes; e aliados que cheguem ao segundo turno, o que os
obriga a deixar os palanques montados para fazer mais um mês de
campanha.
Levando-se em conta candidatos que podem ser eleitos em primeiro ou segundo turno, ou senadores com boas chances de vencer as disputas em outubro, a presidente Dilma Rousseff é aquela que apresenta o maior número de aliados que poderá procurar para ajudá-la na corrida ao Planalto. São 19 candidatos a governador e 15 ao Senado que se declaram dilmistas. Logo atrás, aparece o tucano Aécio Neves, com 12 aliados ao governo e 10 ao Senado como companheiros de batalha política. Bem atrás, surge Marina Silva (PSB), com quatro concorrentes aos palácios estaduais e nove ao Senado declaradamente sonháticos.
Ciente desta desvantagem numérica, a candidata socialista começou a rever alguns paradigmas, flexibilizando os conceitos de “nova política”. Depois de demonizar a aliança do PSB com o PSDB de Geraldo Alckmin — ela, inclusive, não estava no voo que vitimou Eduardo Campos, em 13 de agosto, porque a agenda do então presidenciável era ao lado do governador paulista —, Marina agora classifica o tucano de “um homem sério”, diante da necessidade de angariar votos ao lado de um provável governador reeleito.
Também aproveitou uma viagem a Santa Catarina, esta semana, para enaltecer a candidatura de Paulo Bornhausen (PSB) ao Senado. Ele é filho do ex-senador Jorge Bornhausen, um dos principais nomes da Arena durante o regime militar e que, no auge do mensalão — quando Marina ainda era petista e ministra do Meio Ambiente de Lula — disse que era o momento de “varrer essa raça do PT por 30 anos”. “O Paulinho é nosso companheiro, está bem-colocado nas pesquisas e vai nos ajudar muito em Santa Catarina. Ele é o candidato, não o pai dele”, defendeu o deputado Júlio Delgado (PSB-MG).
Levando-se em conta candidatos que podem ser eleitos em primeiro ou segundo turno, ou senadores com boas chances de vencer as disputas em outubro, a presidente Dilma Rousseff é aquela que apresenta o maior número de aliados que poderá procurar para ajudá-la na corrida ao Planalto. São 19 candidatos a governador e 15 ao Senado que se declaram dilmistas. Logo atrás, aparece o tucano Aécio Neves, com 12 aliados ao governo e 10 ao Senado como companheiros de batalha política. Bem atrás, surge Marina Silva (PSB), com quatro concorrentes aos palácios estaduais e nove ao Senado declaradamente sonháticos.
Ciente desta desvantagem numérica, a candidata socialista começou a rever alguns paradigmas, flexibilizando os conceitos de “nova política”. Depois de demonizar a aliança do PSB com o PSDB de Geraldo Alckmin — ela, inclusive, não estava no voo que vitimou Eduardo Campos, em 13 de agosto, porque a agenda do então presidenciável era ao lado do governador paulista —, Marina agora classifica o tucano de “um homem sério”, diante da necessidade de angariar votos ao lado de um provável governador reeleito.
Também aproveitou uma viagem a Santa Catarina, esta semana, para enaltecer a candidatura de Paulo Bornhausen (PSB) ao Senado. Ele é filho do ex-senador Jorge Bornhausen, um dos principais nomes da Arena durante o regime militar e que, no auge do mensalão — quando Marina ainda era petista e ministra do Meio Ambiente de Lula — disse que era o momento de “varrer essa raça do PT por 30 anos”. “O Paulinho é nosso companheiro, está bem-colocado nas pesquisas e vai nos ajudar muito em Santa Catarina. Ele é o candidato, não o pai dele”, defendeu o deputado Júlio Delgado (PSB-MG).
Em relação à aproximação com Alckmin, Delgado lembra que, além do fato de Márcio França (PSB) ser vice na chapa tucana ao Palácio Bandeirantes, o governador paulista agiu de maneira “muito mais que correta” durante o acidente que matou Eduardo Campos. “Ele extrapolou os limites de um chefe de Estado, agiu como um amigo nosso.” Para completar, Delgado admite que não dá para ser puritano em se tratando da busca pelo eleitorado paulista. “Se passarmos de fato para o segundo turno, temos que correr atrás dele para pedir apoio. Não há nenhum problema nisso”, justificou.
Reforço
Ainda com esperanças de conseguir a segunda vaga na disputa de 5 de outubro, Aécio Neves apoia-se nos candidatos tucanos bem-cotados nas disputas estaduais e, ainda, em aliados de outras legendas que têm um bom desempenho. “Nomes como Geraldo Alckmin e Beto Richa, no Paraná, são importantes para nos ajudar nessa caminhada, agora e em um eventual segundo turno”, disse o presidente do diretório paulista do PSDB, deputado Duarte Nogueira.
Nogueira aposta na dobradinha Alckmin e José Serra (candidato da legenda ao Senado) para cabalar votos no principal colégio eleitoral do país. “São nomes tradicionais, conhecidos do eleitorado, que reforçam nossa campanha”, disse Nogueira, acrescentando, ainda, as apostas em Simão Jatene, no Pará; Paulo Souto (DEM), na Bahia; e Ana Amélia (PP), no Rio Grande do Sul.
O deputado paulista considera natural esse jogo de aproximações entre Marina e o PSDB. Para ele, o objetivo maior é que as oposições sejam capazes de derrotar o PT e a presidente Dilma. “É claro que vamos querer o apoio de Marina se passarmos para o segundo turno”, declarou Duarte Nogueira.
Com algumas das principais candidaturas do PT naufragando em todo o país — Alexandre Padilha em São Paulo; Lindbergh Farias no Rio; e Rui Costa na Bahia —, Dilma conta com o petista mineiro Fernando Pimentel como um dos nomes mais fortes para puxar votos no segundo turno. Até o momento, Pimentel, que foi ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio de Dilma e companheiro dela durante a luta armada, lidera com folga as pesquisas de intenção de voto em Minas.
Mas a presidente conta, realmente, com os aliados. O PMDB, por exemplo, que indicou Michel Temer para vice-presidente, tem chance de eleger governadores em nove estados (um terço das unidades da Federação), como o candidato à reeleição no Rio, Luiz Fernando Pezão, com quem ela já fez campanha diversas vezes.
Ainda com esperanças de conseguir a segunda vaga na disputa de 5 de outubro, Aécio Neves apoia-se nos candidatos tucanos bem-cotados nas disputas estaduais e, ainda, em aliados de outras legendas que têm um bom desempenho. “Nomes como Geraldo Alckmin e Beto Richa, no Paraná, são importantes para nos ajudar nessa caminhada, agora e em um eventual segundo turno”, disse o presidente do diretório paulista do PSDB, deputado Duarte Nogueira.
Nogueira aposta na dobradinha Alckmin e José Serra (candidato da legenda ao Senado) para cabalar votos no principal colégio eleitoral do país. “São nomes tradicionais, conhecidos do eleitorado, que reforçam nossa campanha”, disse Nogueira, acrescentando, ainda, as apostas em Simão Jatene, no Pará; Paulo Souto (DEM), na Bahia; e Ana Amélia (PP), no Rio Grande do Sul.
O deputado paulista considera natural esse jogo de aproximações entre Marina e o PSDB. Para ele, o objetivo maior é que as oposições sejam capazes de derrotar o PT e a presidente Dilma. “É claro que vamos querer o apoio de Marina se passarmos para o segundo turno”, declarou Duarte Nogueira.
Com algumas das principais candidaturas do PT naufragando em todo o país — Alexandre Padilha em São Paulo; Lindbergh Farias no Rio; e Rui Costa na Bahia —, Dilma conta com o petista mineiro Fernando Pimentel como um dos nomes mais fortes para puxar votos no segundo turno. Até o momento, Pimentel, que foi ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio de Dilma e companheiro dela durante a luta armada, lidera com folga as pesquisas de intenção de voto em Minas.
Mas a presidente conta, realmente, com os aliados. O PMDB, por exemplo, que indicou Michel Temer para vice-presidente, tem chance de eleger governadores em nove estados (um terço das unidades da Federação), como o candidato à reeleição no Rio, Luiz Fernando Pezão, com quem ela já fez campanha diversas vezes.
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