quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Ano começa com novo reajuste na conta de luz


Stephanie Tondo
O Dia
A conta de luz vai ficar mais cara em janeiro. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que o sistema de bandeiras tarifárias indicou sinal vermelho para os valores do primeiro mês do ano. Com esta sinalização nas contas, o consumidor terá que arcar com um acréscimo de R$ 3 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos. De acordo com a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), o consumo médio para uma família com quatro pessoas é de 200 kWh mensais.
Simulação feita no site da Light mostra que o valor gasto para esse consumo seria de R$ 99,55, sem o sistema de bandeiras. Isso significa que a família pagaria no fim do mês R$ 105,55, levando em consideração o acréscimo de R$ 6.
A partir do mês que vem, as contas de luz virão classificadas por cores: verde, amarela e vermelha — que informarão as condições de geração de energia. As tarifas poderão ter aumentos e reduções mensais, dependendo das colorações. No caso da bandeira verde, as contas não sofrem acréscimo. Na amarela, o aumento é de R$ 1,50 para cada 100 kWh. Já na vermelha, a tarifa sofre acréscimo de R$ 3 pelo mesmo consumo.
CENÁRIO HIDROLÓGICO
“A maioria da energia elétrica produzida no Brasil é proveniente de fontes hidrelétricas, e o cenário hidrológico não tem sido favorável para este tipo de geração desde 2012. Com efeito, o Operador Nacional do Sistema tem acionado cada vez mais as usinas termelétricas, cujo custo de produção é mais elevado. Assim, o sistema de bandeiras tarifárias visa adaptar de maneira dinâmica estes custos extras de curto prazo na geração de energia às tarifas dos consumidores”, explicou a Abradee, em nota.
De acordo com a associação, a medida visa, também, sensibilizar a sociedade e os consumidores sobre sua responsabilidade no uso racional de recursos naturais limitados e nos impactos ambientais e econômicos do utilização não eficiente da energia.
Proprietário de um bar na Lapa, no Rio, Manuel Tinoco está preocupado com os gastos extras. “Eu já gasto cerca de R$ 2.500 por mês com a luz e terei que me reorganizar para desembolsar mais ainda. É triste, prejudica a todos empresários, principalmente. Com a mudança, terei que economizar no bar, caso contrário, ficará muito difícil pagar as contas”, diz.
 
 

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