Sylo Costa
Esopo, fabulista grego que viveu no século VI a.C., deixou-nos, entre suas obras, a fábula que empresta título a esta matéria. As fábulas são composições literárias de relato breve e fictício, em que os personagens são geralmente animais com características humanas. Esta me veio à lembrança em razão do momento político-corrupto que nosso país atravessa.
Não bastasse toda a roubalheira existente e conhecida, coordenada por políticos e ladrões protegidos por mandatos populares, eis que surge um assunto estranho aos folguedos de Momo, sobre situação “nunca dantes ocorrida”: o patrocínio da escola de samba Beija-Flor, que teria sido de mais de R$ 10 milhões, bancado por nada mais, nada menos que uma ditadura africana – a que governa a Guiné Equatorial.
Qual é o problema? Pelo amor de Deus… uma ditadura? Sim, uma ditadura, coisa com a qual não temos costume de lidar… Mas não é a mesma situação de Cuba, Venezuela, Bolívia, Rússia e da maioria dos 14 países africanos cujas dívidas o Brasil perdoou? Dívidas que resultaram dos financiamentos do BNDES concedidos no tempo em que o ex-Luiz clinicava para ser Prêmio Nobel da Paz. Isso é uma desgraça… E como ninguém sabia disso? Saber, sabia, que ninguém aqui é sabiá-cara… Tem mais: o próprio ditador explicou, de viva voz, que o “apoio financeiro” foi dado por empresas brasileiras, uma das quais empreiteira de obras lá naqueles confins, a Odebrecht, e com tutu seu, meu e do povo brasileiro…
LOBISTA
Espera aí, não estou entendendo direito: quer dizer, então, que os caras vieram aqui e… Vieram aqui nada! O ex-Luiz é que foi lá, no avião da própria empreiteira, mas já foi também em avião nosso. Nosso? Sim, da Presidência, Ele continua encarnado… Ele é sensitivo? Que sensitivo nada, o cara é lobista deles, você parece que bebe, pô… Sim! Eles falam que não só deles, de muita gente mais… E ninguém vai preso? Aqui? Só pé de chinelo.
É… vou então contar uma historinha rápida e rasteira que um amigo de infância me contou: “Era uma vez uma colônia de ratos, parecida com Brasília, em que os moradores viviam com medo de um gato. Penso que um gatão, um bichano já meio velho, de miado rouco, criado no serrado com farinha de pau e que gostava de pinga… Resolveram, então, fazer uma assembleia para encontrar um jeito de se livrarem dele, o gatão metido. Muitos planos e estratégias. Mas nada dava certo, até que um ratinho teve a ideia: Vamos pendurar uma sineta no pescoço do gato. Assim, toda vez que ele se mexer, nós saímos correndo…” Todos aplaudiram, menos um ratão velho que, até então, não tinha se manifestado: “A ideia é muito boa – disse ele –, mas tem um porém… quem vai amarrar a sineta no pescoço do gato?”
Pois é. Sabemos do gato: é só a Polícia Federal da operação Lava Jato chegar, algemar e levar o gatão de duas pernas, a gata e mais os bichanos mamadores…
Avante, Moro: tá chegando a hora, o dia já vem raiando…
Esopo, fabulista grego que viveu no século VI a.C., deixou-nos, entre suas obras, a fábula que empresta título a esta matéria. As fábulas são composições literárias de relato breve e fictício, em que os personagens são geralmente animais com características humanas. Esta me veio à lembrança em razão do momento político-corrupto que nosso país atravessa.
Não bastasse toda a roubalheira existente e conhecida, coordenada por políticos e ladrões protegidos por mandatos populares, eis que surge um assunto estranho aos folguedos de Momo, sobre situação “nunca dantes ocorrida”: o patrocínio da escola de samba Beija-Flor, que teria sido de mais de R$ 10 milhões, bancado por nada mais, nada menos que uma ditadura africana – a que governa a Guiné Equatorial.
Qual é o problema? Pelo amor de Deus… uma ditadura? Sim, uma ditadura, coisa com a qual não temos costume de lidar… Mas não é a mesma situação de Cuba, Venezuela, Bolívia, Rússia e da maioria dos 14 países africanos cujas dívidas o Brasil perdoou? Dívidas que resultaram dos financiamentos do BNDES concedidos no tempo em que o ex-Luiz clinicava para ser Prêmio Nobel da Paz. Isso é uma desgraça… E como ninguém sabia disso? Saber, sabia, que ninguém aqui é sabiá-cara… Tem mais: o próprio ditador explicou, de viva voz, que o “apoio financeiro” foi dado por empresas brasileiras, uma das quais empreiteira de obras lá naqueles confins, a Odebrecht, e com tutu seu, meu e do povo brasileiro…
LOBISTA
Espera aí, não estou entendendo direito: quer dizer, então, que os caras vieram aqui e… Vieram aqui nada! O ex-Luiz é que foi lá, no avião da própria empreiteira, mas já foi também em avião nosso. Nosso? Sim, da Presidência, Ele continua encarnado… Ele é sensitivo? Que sensitivo nada, o cara é lobista deles, você parece que bebe, pô… Sim! Eles falam que não só deles, de muita gente mais… E ninguém vai preso? Aqui? Só pé de chinelo.
É… vou então contar uma historinha rápida e rasteira que um amigo de infância me contou: “Era uma vez uma colônia de ratos, parecida com Brasília, em que os moradores viviam com medo de um gato. Penso que um gatão, um bichano já meio velho, de miado rouco, criado no serrado com farinha de pau e que gostava de pinga… Resolveram, então, fazer uma assembleia para encontrar um jeito de se livrarem dele, o gatão metido. Muitos planos e estratégias. Mas nada dava certo, até que um ratinho teve a ideia: Vamos pendurar uma sineta no pescoço do gato. Assim, toda vez que ele se mexer, nós saímos correndo…” Todos aplaudiram, menos um ratão velho que, até então, não tinha se manifestado: “A ideia é muito boa – disse ele –, mas tem um porém… quem vai amarrar a sineta no pescoço do gato?”
Pois é. Sabemos do gato: é só a Polícia Federal da operação Lava Jato chegar, algemar e levar o gatão de duas pernas, a gata e mais os bichanos mamadores…
Avante, Moro: tá chegando a hora, o dia já vem raiando…
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