Senadora anunciou mudança durante sua festa de aniversário, mas preferiu não confirmar a data da filiação
A senadora Marta Suplicy (SP) disse, na
sexta-feira, que vai deixar o PT para se filiar ao PSB. O anúncio foi
feito ao jornal O Estado de S. Paulo durante a festa de aniversário
dela. Indagada sobre a data do anúncio oficial da mudança, ela
respondeu: “Vai ser no momento que eles (do PSB) acharem que tem de
ser”.
Segundo o presidente nacional do PSB, Carlos
Siqueira, já está tudo certo na legenda para receber Marta e a filiação
deve ocorrer o mais rápido possível. A cúpula de seu futuro partido se
destacou na lista de convidados da festa, no prédio onde vive o namorado
de Marta, Márcio Toledo, nos Jardins, zona sul da capital paulista.
A anfitriã circulou a noite toda entre as mesas tomadas por cerca de 300 pessoas. Marta explicava a ausência de petistas entre os convidados. “O pessoal deve estar chegando”, justificava. Uma ausência foi a mais comentada: a do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Não o convidei. Na última conversa que tivemos, disse a ele que iria buscar o meu caminho. Lula é o maior estadista que este país tem, mas agora não faria sentido estar aqui”, disse a senadora à Folha.
A anfitriã circulou a noite toda entre as mesas tomadas por cerca de 300 pessoas. Marta explicava a ausência de petistas entre os convidados. “O pessoal deve estar chegando”, justificava. Uma ausência foi a mais comentada: a do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Não o convidei. Na última conversa que tivemos, disse a ele que iria buscar o meu caminho. Lula é o maior estadista que este país tem, mas agora não faria sentido estar aqui”, disse a senadora à Folha.
Foto: Divulgação
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Ela
repassou calmamente todas as etapas de seu afastamento em relação ao
partido e a Dilma. “O PT acabou. Aquele partido que eu ajudei a fundar,
fazendo reuniões na minha casa, indo de porta em porta, em assembleias,
ele não existe mais”, lamentou. O novo caminho de Marta ficou evidente
na festa pela presença maciça do comando do PSB, sigla à qual a senadora
se filiará nos próximos dias.O vice-governador de São Paulo, Marcio
França, o presidente da sigla, Carlos Siqueira, e o governador do
Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, demonstravam entusiasmo com a
candidatura de Marta à Prefeitura de São Paulo no ano que vem. O
ingresso numa legenda de oposição a Dilma e próxima ao PSDB no estado
levou Marta, fundadora do PT, a se aproximar dos tucanos. Ela convidou o
governador Geraldo Alckmin, que não compareceu, mas pediu ao vice que o
representasse. A senadora sabe que terá de se reinserir no eleitorado
“azul” da cidade, ironicamente aquele composto pela classe social a que
ela mesma sempre pertenceu e que era predominante na festa de
sexta-feira.
“Eu sei que haverá a necessidade de reconstruir as
relações. A maneira de fazer isso será explicar com clareza que, como
governante, fiz uma opção clara pelos que mais precisam, e que ela é a
correta para o conjunto da cidade”, disse Marta. As críticas a Dilma
rivalizavam, entre os convidados, com as queixas dirigidas ao prefeito
Fernando Haddad. A todas, Marta não hesitava em fazer suas próprias.
“O governo dele é de uma incompetência total. Ele tenta copiar algumas marcas modernas da minha gestão, mas a periferia está totalmente abandonada”, dizia ela num grupo de convidados.
“O governo dele é de uma incompetência total. Ele tenta copiar algumas marcas modernas da minha gestão, mas a periferia está totalmente abandonada”, dizia ela num grupo de convidados.
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