domingo, 22 de março de 2015

Risco de ter DST'S é maior com "contorno completo"

Risco de ter DST'S é maior com
(Foto: Reprodução)
O chamado "contorno completo", como ficou conhecida a depilação íntima total, é um dos mais pedidos nas clínicas de depilação. No mundo, o estilo ousado das brasileiras de remover os pelos da região pubiana é conhecido por "brazilian wax". 
Sucesso entre as clientes, porém, contraindicado por médicos o procedimento que deixa lisinha toda a área do entorno da vagina, do períneo e do ânus, eleva o risco de inflamações e de contágio por doenças sexualmente transmissíveis.
É o que afirmam os médicos já que o pelo serve de proteção para a região genital, e ao ser retirado, há o aumento da possibilidade de contaminação por bactérias.
Embora a adesão ao “contorno completo” seja arriscada, alguns cuidados antes e depois da depilação podem minimizar a chance de complicações. Segundo a ginecologista Rose Meire Freitas Maciel, a exposição do folículo piloso (orifício de onde sai o pelo) vira porta de entrada para secreções transmissoras do vírus HPV e de doenças como herpes, sífilis e Aids, que acabam se proliferando com mais facilidade.
Outro perigo é a foliculite (infecção do folículo capilar), sobretudo quando a higiene deixa a desejar.— Ocorre a formação de secreção purulenta, que incomoda bastante. E como os folículos ficam bem próximos, muitas vezes o problema se propaga de um para outros e a paciente tem que tomar antibiótico.
Ainda segundo a Dra, nesses casos mais graves, também podem surgir febre e dificuldade de andar — como a pele da região genital é mais sensível, a foliculite costuma causar mais transtornos. Quando a infecção é localizada, pode-se lavar bem a área, esterilizar uma pinça e tentar tirar o pelo.— O ideal é só aparar os pelos rente à pele, de modo que eles fiquem com cerca de dois centímetros de comprimento — orienta a ginecologista.
CIRURGIA
A cera quente, bastante usada no procedimento, aumenta o risco de encravamento dos pelos. Pessoas de pele negra são mais propensas ao problema, porque os pelos tendem a crescer enrolados, afirmou a dermatologista Silvia de Mello, também contrária à moda do “contorno completo”.
Fazer a depilação íntima com um profissional que saiba puxar a cera da maneira correta e em um local limpo, onde o produto utilizado seja descartável, é essencial.
Métodos que usam luz intensa pulsada e laser também são opções para quem quer fazer o contorno completo. Já a lâmina não é indicada pelo risco de cortes e ferimentos.
Por ser realizada muito perto da região vaginal, o contorno completo, sobretudo por causa da puxada da cera, ainda pode lesar as glândulas de Bartholin, localizadas nos grandes lábios. Em caso de obstrução dessas estruturas, é preciso se submeter à cirurgia para retirada delas.

(com informações do Jornal Extra)



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