Crise no PMDB chega ao plenário da Assembleia Legislativa
Andrea diz que Costa é autoritário e se acha dono do PMDB
Jorge Vieira(JP)
Considerado o maior partido do Maranhão
até ser derrotado nas eleições de 2014 por uma aliança de legendas de
oposição, o PMDB mergulhou numa crise sem precedentes em sua história e
com consequências imprevisíveis para o futuro. Na manhã de ontem, na
tribuna da Assembleia Legislativa, coube ao presidente do diretório
municipal do PMDB, deputado Roberto Costa, respondendo a ataques da
deputada Andrea Murad nas redes sociais, pelo fato de ele ter afirmado
que o partido não possui projeto para o ex-deputado Ricardo Murad e
reafirmar que ele não será candidato pela legenda, chamar o pai da
deputada de “desagregador, desequilibrado e traidor”.
Costa deixou claro que o caminho de Murad
no partido é a porta da rua, e confirmou que o senador João Alberto já
fez o convite para que ele procure outra legenda se quiser ser candidato
a prefeito de São Luís, “pois pelo PMDB jamais será”. O parlamentar, no
entanto, abriu as portas do partido para a ex-governadora Roseana
Sarney, se quiser, disputar a Prefeitura de São Luís.
Roberto Costa surpreendeu o plenário ao
afirmar que passou a combater a ‘postura autoritária’ de Ricardo Murad a
mando da ex-governadora Roseana Sarney, e observou que Murad não possui
autoridade moral e muito menos eleitoral para postular a candidatura a
prefeito de São Luís pelo PMDB.
O presidente municipal do partido
explicou que entre os grupos comandados por João Alberto e Ricardo Murad
existe uma diferença básica. “Nós nunca traímos nosso grupo, enquanto
seu pai não passa de um traidor, desagregador e desequilibrado, por isso
não aceito, não admito e não deixarei que Ricardo Murad paute o PMDB”,
adiantou Roberto Costa.
O parlamentar também definiu a atuação de
Andrea Murad como “radical”, afirmando que a deputada seria tutelada
pela prepotência do pai. “O Ricardo tem que ter um pouco mais de
equilíbrio e deixar de usar o seu mandato. A senhora tem sido uma grata
surpresa, mas se perde pelos excessos que são conhecidos do seu pai. Mas
o seu DNA, deputada, todos nós conhecemos”, enfatizou.
Reação de Andréa – A
deputada Andrea Murad reagiu aos ataques de Roberto Costa e reclamou que
o seu companheiro de partido tenha usado os 30 minutos do grande
expediente para tratar, segundo ela, de um “assunto ridículo”.
“O PMDB já foi exposto ao ridículo,
humilhado e a gente ainda tem que responder a ataque. Não concordo com
esse autoritarismo, V.Exª se acha dono do partido ao ponto de querer
definir até quem é o candidato. Acho ridículo usar 30 minutos para falar
sobre este assunto”, discursou Andrea Murad, prosseguindo: “V.Exª
desrespeita os líderes do seu partido, porque quem tem que decidir o
candidato a prefeito do partido não é V. Exa. são os líderes do partido.
V. Exa. é presidente do diretório municipal, mas participa de um grupo
político, tem que entender que não é único, que não é só porque é filho
de João Alberto ou alguma coisa assim que pode estar achando, que pode
estar mandando nas pessoas, estar mandando no grupo, desdenhando dos
seus membros”, enfatizou Andrea.
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