Deu na Folha
A direção nacional do PT decidiu “convidar” ao menos três ministros da presidente Dilma Rousseff para dar explicações e falar sobre suas pastas à executiva da sigla. A iniciativa foi comunicada pelo presidente da legenda, Rui Falcão, a integrantes do partido na última quinta-feira (25), em uma reunião da executiva. Serão chamados os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Miguel Rossetto (secretário-Geral da Presidência) e Nelson Barbosa (Planejamento).
No caso do ministro Cardozo, a executiva nacional do PT decidiu convidá-lo a dar explicações ao partido sobre a atuação da Polícia Federal. Os petistas ainda não definiram uma data para o encontro. O “convite” ao ministro foi noticiado domingo pelo jornal “O Estado de S.Paulo”. O movimento acontece no auge da crise institucional que aflige o PT desde o ano passado, especialmente pelas revelações feitas no decorrer das apurações da Lava Jato.
PRESSÃO SOBRE CARDOZO
A Polícia Federal é vinculada ao Ministério da Justiça, mas tem autonomia operacional. O PT tem cobrado Cardozo internamente, afirmando que o ministro não tem conseguido monitorar os movimentos da PF, nem cobrar isonomia da polícia.
Os petistas afirmam que o partido vem sendo perseguido por investigadores, que estariam mirando apenas nas gestões petistas, ignorando problemas em Estados administrados por outras siglas, como o PSDB.
O ministro é um dos petistas mais próximos à presidente Dilma Rousseff, que também vem sofrendo críticas nos bastidores da legenda. A pressão sobre Cardozo é, portanto, mais um ingrediente no caldeirão de insatisfações do partido com a postura do governo.
VAZAMENTO SELETIVO
Há ainda uma queixa corrente sobre o que vem sendo chamado de “vazamento seletivo” de documentos sob segredo de Justiça que lançam suspeitas sobre políticos. O deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) disse que não foi comunicado sobre o convite a Cardozo e que não se posicionaria sobre o chamado que o partido pretende fazer ao ministro.
Ele defendeu, no entanto, que é preciso investigar ilegalidades cometidas em todas as instituições. “Vazar documento que está sob segredo de Justiça não pode. E isso está ocorrendo. Então é preciso apurar se há um funcionário público envolvido nesses vazamentos. Isso é o que eu penso sobre o mérito da questão. Sobre o convite ao ministro, não estava na reunião e não falei com colegas a respeito”, disse.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – As decisões não são propriamente da executiva do PT, que sequer se reuniu. Foram tomadas pessoalmente pelo ex-presidente Luiz, que tenta forçar o ministro Cardozo a interferir nas investigações da Operação Lava Jato, para incluir diretamente o PSDB e diminuir a carga sobre o PT. No caso de Rossetto, Lula exige que ele pressione os movimentos sociais a saírem às ruas a favor do PT. Quanto a Barbosa, Lula pretende que ele controle os excessos liberalizantes de Joaquim Levy, como se isso fosse possível. Agora à noite, em Brasília, Lula se reúne com as zelites do PT (bancadas e direção nacional) para botar fogo no partido e ensinar Dilma a governar. (C.N.)
A direção nacional do PT decidiu “convidar” ao menos três ministros da presidente Dilma Rousseff para dar explicações e falar sobre suas pastas à executiva da sigla. A iniciativa foi comunicada pelo presidente da legenda, Rui Falcão, a integrantes do partido na última quinta-feira (25), em uma reunião da executiva. Serão chamados os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Miguel Rossetto (secretário-Geral da Presidência) e Nelson Barbosa (Planejamento).
No caso do ministro Cardozo, a executiva nacional do PT decidiu convidá-lo a dar explicações ao partido sobre a atuação da Polícia Federal. Os petistas ainda não definiram uma data para o encontro. O “convite” ao ministro foi noticiado domingo pelo jornal “O Estado de S.Paulo”. O movimento acontece no auge da crise institucional que aflige o PT desde o ano passado, especialmente pelas revelações feitas no decorrer das apurações da Lava Jato.
PRESSÃO SOBRE CARDOZO
A Polícia Federal é vinculada ao Ministério da Justiça, mas tem autonomia operacional. O PT tem cobrado Cardozo internamente, afirmando que o ministro não tem conseguido monitorar os movimentos da PF, nem cobrar isonomia da polícia.
Os petistas afirmam que o partido vem sendo perseguido por investigadores, que estariam mirando apenas nas gestões petistas, ignorando problemas em Estados administrados por outras siglas, como o PSDB.
O ministro é um dos petistas mais próximos à presidente Dilma Rousseff, que também vem sofrendo críticas nos bastidores da legenda. A pressão sobre Cardozo é, portanto, mais um ingrediente no caldeirão de insatisfações do partido com a postura do governo.
VAZAMENTO SELETIVO
Há ainda uma queixa corrente sobre o que vem sendo chamado de “vazamento seletivo” de documentos sob segredo de Justiça que lançam suspeitas sobre políticos. O deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) disse que não foi comunicado sobre o convite a Cardozo e que não se posicionaria sobre o chamado que o partido pretende fazer ao ministro.
Ele defendeu, no entanto, que é preciso investigar ilegalidades cometidas em todas as instituições. “Vazar documento que está sob segredo de Justiça não pode. E isso está ocorrendo. Então é preciso apurar se há um funcionário público envolvido nesses vazamentos. Isso é o que eu penso sobre o mérito da questão. Sobre o convite ao ministro, não estava na reunião e não falei com colegas a respeito”, disse.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – As decisões não são propriamente da executiva do PT, que sequer se reuniu. Foram tomadas pessoalmente pelo ex-presidente Luiz, que tenta forçar o ministro Cardozo a interferir nas investigações da Operação Lava Jato, para incluir diretamente o PSDB e diminuir a carga sobre o PT. No caso de Rossetto, Lula exige que ele pressione os movimentos sociais a saírem às ruas a favor do PT. Quanto a Barbosa, Lula pretende que ele controle os excessos liberalizantes de Joaquim Levy, como se isso fosse possível. Agora à noite, em Brasília, Lula se reúne com as zelites do PT (bancadas e direção nacional) para botar fogo no partido e ensinar Dilma a governar. (C.N.)
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