Laudo médico constatou que o couro cabeludo de Sinara Santos Sá ficou muito ferido devido a queimaduras. A suspeita é que o cabeleireiro tenha usado um produto à base de formol
O Imparcial
De acordo com Sinaria Santos Sá, ela
frequentava o salão há quase dois anos, mas nunca havia feito o
procedimento conhecido como selagem. Ao usar uma mistura feita pela dona
do salão, supostamente à base de formol, sentiu fortes dores no couro
cabeludo, mas já era tarde demais, pois já havia perdido grande parte do
cabelo.
A cabeleireira, que também é
proprietária do salão, costumava fazer a prova do toque para identificar
a resistência do cabelo em relação ao produto. No entanto, segundo a
vítima, no dia do incidente, a profissional apenas fez a mistura e
aplicou no cabelo da cliente. Em instantes ela sentiu uma queimação e
fortes dores na cabeça.
Sinaria relata que informou à
cabeleireira sobre as dores e foi alertada de que era totalmente normal.
Passados alguns instantes, com forte cheiro de queimado, a profissional
pediu que a touca fosse tirada, mas já era tarde. A jovem já havia
perdido parte do cabelo e estava com ferimentos nas partes onde o
produto teve contato.
"Ela não realizou a prova do toque,
apenas fez uma mistura de produtos e colocou no meu cabelo. Ela passou o
produto e, cinco minutos depois, minha cabeça começou a doer muito. Fui
lavar o cabelo e ele começou a cai inteiro", conta Sinaria.
Depois a cabelereira chamou a cliente para o lavatório começou a passar um produto atrás do outro, e nada resolveu as dores.
Sinaria descreve que se desesperou,
começou a chorar e a gritar por conta da situação. Para ela, a
proprietária do salão não prestou a devida assistência, e ainda culpou a
cliente pelo problema. Em seguida, a vítima entrou em contato com a
irmã que se dirigiu ao estabelecimento, e percebendo seu estado abalado,
também se descontrolou e jogou alguns produtos no chão.
O caso foi encaminhado no mesmo dia
para o Plantão Central de Polícia Civil da Cidade Operária, onde o
Boletim de Ocorrência foi registrado e as partes envolvidas foram
ouvidas. O caso está sendo averiguado.
Em contato com o salão onde foi
realizado o procedimento capilar, a proprietária se recusou a conceder
entrevista. Entretanto, assegurou que não faz manipulação com formol em
seu estabelecimento, e apenas utilizou produtos de relaxamento e
hidratação. O salão é registrado há dois anos, mas já realiza serviços
estéticos há sete anos. “Nunca houve um caso assim antes” apontou a
dona. Ela também alegou que foi prejudicada porque a irmã de sua cliente
lhe causou um prejuízo de R$ 2.700.
Já Sinaria, ainda abalada, disse que
não consegue mais ter uma vida normal depois do episódio que danificou
seu cabelo completamente.
Alerta
Todo profissional precisa sempre estar
atento aos produtos químicos que vai usar em seus clientes. Muitas
vezes, o cabelo já recebeu químicas anteriores e, por isso, saber se o
cosmético usado anteriormente é compatível com o atual é fundamental.
Os profissionais alertam que
procedimentos à base de química precisam ser sempre os mesmos para que
não haja danos ao cabelo do cliente.
Os cabelos sem coloração ou alisantes
são considerados mais resistentes do que os fios que já receberam algum
tipo de química. O correto é sempre fazer uma análise cuidadosa antes de
iniciar o procedimento.
Os chamados testes de mechas são
primordiais para garantir o bom resultado final e provar que não haverá
qualquer tipo de prejuízo ao cabelo do cliente.
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