segunda-feira, 29 de junho de 2015

Suposto militar tenta matar dois "flanelinhas"

Suposto militar tenta matar dois
(Foto: Divulgação)
Um inquérito policial foi aberto para apurar as circunstâncias que levaram um suposto policial militar a tentar matar dois irmãos que trabalhavam como “flanelinhas” (lavadores e “vigias” de veículos) no entorno da agência do Banco do Estado do Pará, no município de Abaetetuba, na região do baixo Tocantins.
Os fatos foram narrados, de acordo com a delegada Priscila Morgado, de plantão na Delegacia de Abaetetuba, por Antonildo Abreu dos Santos, que seria irmão das vítimas, identificadas como Antônio Marcio Abreu dos Santos e Jecivaldo Abreu dos Santos.
Antonildo Abreu disse que se encontrava no interior da agência do Banpará de Abaetetuba “quando ouvi cinco estampidos semelhantes ao provocados por disparo de arma de fogo. Percebi uma grande correria do lado de fora do banco”, informou.
“Quando saí para ver o que estava acontecendo, me deparei com meus dois irmãos baleados e ainda vi o policial fugindo do local com uma arma de fogo cromada na mão”, disse Antonildo Abreu, no registro que fez à policial.
Ele acrescentou que tratou de socorrer os irmãos com ajuda de um taxista e os levou ao hospital municipal Santa Rosa. Mas, “como o estado de saúde dos rapazes era grave eles foram transferidos de ambulância para o hospital Metropolitano de Ananindeua, na região metropolitana de Belém”.
O relator da ocorrência disse que conhecia o policial que fazia “bicos” como segurança fazendo a escolta de valores de bancos em Abaetetuba. Antonildo Abreu acrescentou que seus irmãos trabalhavam como “‘flanelinhas’ vigiando carros no entorno do Banpará”.
“Eu não tenho dúvidas em apontar o policial como autor da tentativa de homicídio contra meus irmãos. Minutos antes do crime eu separei uma briga entre ele (suspeito) e o Jecivaldo na frente do banco e, em seguida, como ‘tava’ calmo, entrei no banco e só ouvi os disparos” afirmou Antonildo Abreu.
O tenente-coronel Roosevelt comandante do 31º BPM com sede em Abaetetuba disse que tão logo tomou conhecimento destacou guarnições no sentido de deter o suposto policial militar. “As guarnições de nosso batalhão estão à procura do suspeito de cometer o crime”, disse oficial.
(Diário do Pará)



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