terça-feira, 7 de julho de 2015

Matou o próprio pai

Polícia detém suspeito de matar o próprio pai (Foto: Amaury Silveira)
Adonai Socorro Gonçalves, 25 anos, informou que morou um tempo com o pai e que teria sido maltratado por ele. Então o matou (Foto: Amaury Silveira)
 
 
Policiais militares, na noite de anteontem, fizeram a detenção de Adonai do Socorro Gonçalves, 25 anos, que trabalhava em uma estância de madeira do Paar, Ananindeua. Ele estava sendo procurado e com prisão preventiva decretada pela Justiça da Comarca de Cametá, região do baixo Rio Tocantins, Pará.
Segundo consta no mandado de prisão, e que foi, posteriormente, confirmado pelos familiares do suspeito, segundo o delegado Nicácio Silva, de plantão na Seccional de Icoaraci, Adonai teria matado o próprio pai, Paulo Barros, em 2012, fato ocorrido na localidade Ponta Grande, Cametá. A detenção dele ocorreu no conjunto Eduardo Angelim, em Icoaraci, região metropolitana de Belém. Uma jovem moradora de Cametá, que preferiu não se identificar, segundo o policial, e que passa férias em Icoaraci, viu quando o rapaz circulava pelo município, retornando do trabalho, e avisou para uma tia dele, irmã da vítima.
Logo a tia do suspeito, diz o delegado, procurou policiais militares e então aconteceu a detenção. O suspeito não teria reagido. Ele foi apresentado ao delegado Nicácio Silva, de plantão na Seccional de Icoaraci, onde confirmou-se, após checagem no Sistema Policial, a existência do mandado de prisão.
Ao DIÁRIO, Adonai confirmou que “havia cometido o crime, tendo matado o pai com um tiro de espingarda”. Ele fugiu então para Belém, onde constituiu família e até já possui um filho com sua companheira. Adonai contou ainda “que foi criado apenas por sua mãe e conheceu o o pai quando já era adolescente”.
O pai dele, para melhor conhecê-lo, disse, “fez um convite para ir morar com ele, por algum tempo no estado do Maranhão. Fui, o acompanhei, e passei a ser maltratado por ele”. Disse ainda o suspeito que, com a ajuda de uma conhecida, conseguiu retornar para Cametá.Posteriormente, o pai apareceu em Cametá e se disse arrependido. “Não foi mais possível um entendimento entre nós. Surgiram várias discussões e não mais nos demos bem”, acrescentou o suspeito.
Adonai conta que, um dia antes do crime, teve “uma nova discussão com o pai que me ameaçou de morte. Por isso, resolvi me armar com a espingarda e atirei nele. Ele queria me matar, então, primeiro matei ele”. Familiares da vítima, na frente da Seccional de Icoaraci, disseram que o crime foi uma covardia e que Adonai não teria dado nenhuma chance de defesa para o pai, ainda conforme informações do delegado Nicácio Silva.
(Diário do Pará)



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