sexta-feira, 31 de julho de 2015

Prostituição também é vítima da 'crise econômica'

 

 

Prostituição também é vítima da 'crise econômica' (Foto: Diário do Pará/Arquivo)
(Foto: Diário do Pará/Arquivo)
Que vários setores estão em crise em todo o Brasil, isso já não é novidade. Com isso, a população está fazendo cortes de gastos, seja no comércio, serviço e indústria. E a área que envolve desejo e prática sexual parece que também foi afetada pela crise, segundo informações publicadas no site LeiaJa. De acordo com profissionais do sexo atuantes no Recife, a prostituição tem sofrido com a falta de dinheiro dos clientes. Garotas de programas e travestis não estão satisfeitos com a movimentação de clientes. 
Há três anos se prostituindo à beira de uma BR localizada no bairro do Engenho do Meio, Zona Oeste da cidade, Rebeka Delmer, de 29 anos, é uma das pessoas que está reclamando da crise. Ela diz que o número de clientes caiu pelo menos 50%. 
“Trabalho aqui neste ponto de terça a domingo, a partir das 17h. Na época boa, chegava a atender numa só noite no mínimo quatro clientes. Hoje, por causa desta danada da crise, se eu ficar com dois homens numa noite é muito. E olhe que meu preço é bom... Se for pra transar no carro, meu programa custa R$ 40. Agora, se for no motel, cobro R$ 50. Mas os clientes estão reclamando muito... Eles dizem que não têm dinheiro e às vezes querem transar até de graça”, conta a profissional do sexo. 
Identificada como Vanessa, de 22 anos, a profissional do sexo tabém reclamou da crise. “Num dia bom, falando com muita sinceridade, eu fazia de 20 a 25 programas. Do começo do ano pra cá a coisa ficou tão ruim que hoje não chego nem a dez. O mês de maio mesmo foi horrível”, comenta. Ela trabalha em um ponto de prostituição fica próximo à Avenida Caxangá, nas imediações de um famoso supermercado. 
Reclamação também na Zona Sul
A jovem Poliana, 18, que há três anos vende o corpo na Avenida Conselheiro Aguiar, no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, revela que o número de clientes caiu mais de 50%. De acordo com ela, a reclamação dos clientes é constante. “Amor, não venho mais te procurar porque a crise chegou lá em casa... É isso o que muitos clientes estão me dizendo. O movimento está horrível! O povo está liso”, declara Poliana, afirmando faturar R$ 3 mil mensais. Antes, segundo ela, seu orçamento chegava a R$ 5 mil.
De acordo com a presidente da Associação das Profissionais do Sexo de Pernambuco (APPS), Nanci Feijo, apesar de não existir um levantamento que detalhe queda no número de clientes das prostitutas, já se sabe, de maneira informal, que a crise afetou a prostituição no Recife. Segundo Nanci, durante as ações da APPS de distribuição de preservativos para as garotas, as equipes da Associação estão escutando muitas reclamações sobre a queda na clientela.
“Elas falam que realmente está ruim. Mas na verdade, a crise está afetando praticamente todos os setores da economia brasileira. O que ainda sustenta o orçamento das meninas são os clientes fiéis. As garotas novatas, principalmente que vêm do interior, estão tendo muita dificuldade para encontrar clientes”, diz a presidente da APPS.
Segundo dados da Associação, Recife tem atualmente, pelo menos, 290 prostitutas cadastradas na APPS. Porém, de acordo com Nanci, o número geral, incluindo as não associadas, é bem maior.
(DOL com informações site LeiaJa)



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