sábado, 29 de agosto de 2015

Criança é baleada e morre no colo da mãe

Criança é baleada e morre no colo da mãe (Foto: Tiago Silva/Reprodução)
(Foto: Tiago Silva/Reprodução)
A cidade de Castanhal, no nordeste do Estado, ficou consternada com mais um crime violento. Na noite da última quarta-feira (26), por volta das 20h30, no bairro Santa Lídia, uma criança de apenas quatro anos de idade morreu, após ser baleada por dois homens. Os pais da menina também foram atingidos, mas não correm risco de morte. A morte provocou muita comoção e revolta.
O caso foi registrado na delegacia do centro de Castanhal, onde se encontrava de plantão o delegado Rodrigo Venoso Zambardino, da Polícia Civil. Consta no Boletim de Ocorrência (BO) que, antes da tragédia, dois homens passaram em uma motocicleta pela rua 13 de Maio e atiraram contra um rapaz, identificado por Bruno Felipe Portela, que não foi atingido. Ele forneceu as informações para o B.O. Em seguida, de acordo com o que está registrado no B.O., Bruno foi à rua Antônio Horácio e passou a conversar com um casal, próximo a um posto médico, quando novamente surgiu a dupla na motocicleta. Mais tiros foram disparados e Bruno, mais uma vez, não foi atingido.
Contudo, os tiros acertaram os braços de Wellington Branco Galeno, 24, e de Jéssica da Silva e Silva, 20. Ela carregava no colo sua filha, Bruna Natacha da Silva, de 4 anos. A criança acabou levando três tiros, um deles na cabeça. Mãe e filha foram socorridas pela guarnição do sargento Cesar, composta pelo cabo Célio e pelo soldado Tadson. Elas foram levadas dentro da viatura da Polícia Militar até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas, onde a criança não resistiu aos ferimentos e morreu. Jéssica precisou ser transferida com seu esposo, Wellington, para o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, de Ananindeua.
Bruno Felipe Portela, que seria o alvo dos assassinos, foi convidado a comparecer na delegacia para prestar esclarecimentos e informou os nomes dos atiradores. Ele relatou que estava sendo ameaçado de morte, mas não deu mais detalhes sobre as ameaças.
O corpo de Bruna Natacha da Silva foi removido pra o Instituto Médico Legal (IML), onde passou por exame de necropsia e depois foi entregue aos familiares. Na manhã de ontem, foi velado na casa dos avós maternos, situada na primeira rua do bairro Jaderlândia, e sepultado, já pela parte da tarde, no cemitério daquele bairro. Consternados com o ocorrido, familiares preferiram não gravar entrevista.
"Dessa vez uma linda criança foi vítima fatal de um ato covarde. É claro que muita coisa precisa melhorar, mas tenham certeza de que nossos policiais estão se esforçando ao máximo para atender a população", informou o coronel França, comandante do 5° Batalhão de Polícia Militar (BPM). O oficial PM acrescentou que a Polícia Civil já iniciou as investigações e já tem informações sobre os acusados que, entretanto, até o fechamento dessa edição, ainda não haviam sido presos.
CRIANÇA MEIGA
A escola Rita de Cássia, onde Bruna Natacha estudou por seis meses, amanheceu com um pano escuro colado no portão, simbolizando o luto. "Ela era uma menina meiga e bastante inteligente. Infelizmente mais uma vida inocente foi ceifada de forma trágica", lamentou a professora Lilian Cavalcante.
"Ela gostava muito de estudar e já até tinha aprendido a escrever o próprio nome", acrescentou Lucicleide Maria, diretora da escola. Outros funcionários da unidade escolar lagrimaram quando visualizaram algumas fotos da aluna praticando atividades em sala de aula.
(Tiago Silva/Diário do Pará)

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