segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Federal investiga mais uma vez empresa de um dos filhos de Lula

Esta nova etapa investiga um consórcio de empresas que, além de manipular julgamentos dentro do Carf, negociava incentivos fiscais a favor de empresas do setor de automóveis.

WANESSA GOMMES, DO GP1

 
A quarta fase da operação Zelotes foi deflagrada, na manhã desta segunda-feira (26), pela Polícia Federal. Policiais cumprem seis mandados de prisão preventiva, 18 de busca e apreensão e nove de condução coercitiva (quando a pessoa presta esclarecimento na delegacia e depois é liberada) no Piauí, São Paulo, Maranhão e Distrito Federal.

Ao GP1, a assessoria de comunicação da Polícia Federal no Piauí informou que serão cumpridos três mandados de busca e apreensão no Estado.

Esta nova etapa investiga um consórcio de empresas que, além de manipular julgamentos dentro do Carf, negociava incentivos fiscais a favor de empresas do setor de automóveis.

Segundo o G1, o esquema investigado consistia em pagamento de propina para integrantes do Carf com o objetivo de anular ou reduzir débitos tributários de empresas com a Receita Federal.

Os agentes realizaram busca e apreensão na empresa de marketing esportivo LFT, do filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Luis Claudio Lula da Silva. Segundo as investigações, a empresa tem ligação com a consultoria Marcondes e Mautone, investigada na Zelotes.
Imagem: DivulgaçãoLuis Claudio Lula da Silva(Imagem:Divulgação)Luis Claudio Lula da Silva
Entre os presos está o lobista Alexandre Paes dos Santos, conhecido como 'APS', suspeito de participar do esquema de negociação da MP, e o ex-conselheiro do Carf José Ricardo da Silva. O dono da Caoa, Carlos Alberto Oliveira Andrade, foi alvo de condução coercitiva.
Imagem: Paula Paiva Paulo/G1Prédio da LFT Marketing na região Central de São Paulo(Imagem:Paula Paiva Paulo/G1)Prédio da LFT Marketing na região Central de São Paulo
Nesta etapa, também foi preso preventivamente José Ricardo da Silva, ex-conselheiro do Carf.

Operação Zelotes

A primeira etapa da operação foi realizada em março deste ano, onde o ex-secretário da Receita Federal, Otacílio Dantas Cartaxo, foi acusado de favorecer decisões judiciais a empresas que tinham débito com a mesma.

Na segunda fase, deflagrada em setembro, a ex-ministra de Dilma, Erenice Guerra, foi citada pelo motorista Hugo Rodrigues Borges, responsável por sacar dinheiro do esquema de corrupção no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Segundo o motorista, Erenice tinha contato com um dos escritórios suspeitos de participar do esquema. O escritório pagava propina ao conselheiro do órgão.

Sete mandados de buscas e apreensão foram cumpridos no Distrito Federal e no Rio de Janeiro, na terceira fase da operação deflagrada, no início do mês de outubro.

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