Xingamentos e agressões viraram caso de polícia, no último sábado (24), durante a partida de futebol entre Sampaio Corrêa (MA) e Paysandu (PA) pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B, vencida pelo Sampaio por 2 a 0. Os envolvidos: um promotor de Justiça do Pará e uma policial militar do Maranhão. O incidente foi motivo para que a Associação do Ministério Público do Maranhão (Ampem) e Polícia Militar (PM-MA) emitissem notas de esclarecimento, cada uma das instituições defendendo sua categoria.
De acordo com a PM, policiais militares foram acionados a intervir na torcida do Paysandu quando alguns torcedores começaram a realizar ofensas verbais e a arremessar objetos. No entanto, a participação policial teria resultado em mais bate-boca. A confusão ficou mais séria quando o promotor de Justiça Nilton Gurjão das Chagas, membro do Ministério Público do Estado do Pará, “utilizou palavras de calão ofensivas à integridade moral” de uma policial militar.
Em nota, a PM garante que, após xingar a policial, o promotor foi além. Nilton Gurjão das Chagas teria agredido a PM no rosto. A agressão foi constatada em Exame de Corpo de Delito realizado pelo Instituto Médico Legal (IML).
No entanto, a Ampem divulgou nota onde não confirma qualquer tipo de agressão à policial. Na verdade, o órgão se solidariza com o promotor de Justiça, afirmando que houve uso de força excessiva por parte dos policiais no incidente. Segundo a nota, teria sido o promotor paraense a vítima no caso, uma vez que ele teve até um ferimento na cabeça.
“Os policiais, que deveriam estar ali para garantir a segurança de todos e assegurar a ordem pública, adentraram na área reservada para a torcida do time paraense e passaram a agir com extrema violência e de forma indistinta contra aqueles torcedores, ocasião na qual também foi agredido fortemente com cassetete o Promotor de Justiça, sobre o qual resultaram lesões nos braços e um ferimento na cabeça”, diz nota divulgada pela Ampem.
A Polícia Militar discorda da nota publicada pela Ampem, e garante que todos os procedimentos adotados no incidente no Castelão foram “legais de forma imparcial e transparente”. Em sua defesa, a PM condenou as “atitudes desregradas do integrante do MP que se utilizando do cargo público que exerce, comete abuso de autoridade no momento em que agride uma policial militar no exercício de sua função”. (Redação do JP)
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