A poeta mineira Henriqueta Lisboa (1901-1985), ao discorrer poeticamente sobre sofrimento, acaba falando da vida como um todo. E conclui, magistralmente: O que se perdeu foi pouco, mas era o que mais eu amava.
SOFRIMENTO
Henriqueta Lisboa
No oceano integra-se (bem pouco)
uma pedra de sal.
Ficou o espírito, mais livre
que o corpo.
A música, muito além,
do instrumento.
Da alavanca,
sua razão de ser: o impulso.
Ficou o selo, o remate
da obra.
A luz que sobrevive à estrela e
é sua coroa.
O maravilhoso. O imortal.
O que se perdeu foi pouco.
Mas era o que eu mais amava.
uma pedra de sal.
Ficou o espírito, mais livre
que o corpo.
A música, muito além,
do instrumento.
Da alavanca,
sua razão de ser: o impulso.
Ficou o selo, o remate
da obra.
A luz que sobrevive à estrela e
é sua coroa.
O maravilhoso. O imortal.
O que se perdeu foi pouco.
Mas era o que eu mais amava.
(Colaboração enviada por Paulo Peres – site Poemas & Canções)
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