segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

A revolução das cervejas

A revolução das cervejas (Foto: Marcos Santos)
Marcas artesanais são a nova febre nesse território que há muito já é uma paixão nacional (Foto: Marcos Santos)
O público cervejeiro de Belém que é adepto das versões artesanais e especiais da bebida não pode mais se queixar de pouca variedade de marcas por aqui. Desde a inauguração da Amazon Beer, há 15 anos, que foi a primeira cervejaria artesanal de todo o Estado, até hoje, quando há um boom de abertura de pubs e bares especializados, só cresce o número de estabelecimentos que se dedicam a oferecer esses sabores e tipos diferenciados de cervejas nacionais e internacionais. 
E ainda este mês, essa corrente ganha mais um reforço em Belém, com a abertura da primeira franquia local da Mestre-Cervejeiro.com. Com sede em Curitiba, a rede se dedica a estimular principalmente o que o proprietário, o sommelier Daniel Wolff, chama de “Cultura da Cerveja”. A loja, localizada na Generalíssimo, em Nazaré, já abre com um catálogo de 180 rótulos. Para Wolff, o apreço crescente pelas cervejas artesanais não se configura como uma febre ou moda, e, sim, como um resgate puxado pelos países cervejeiros. 
“A gastronomia também tem contribuído nesse sentido. Hoje em dia, não se quer só um azeite ou um café. Se quer ‘o café’. Isso vale para tudo”, avalia. O empresário entende que as cervejas populares continuam tendo seu espaço. Mas, agora, é o consumidor quem está prestando mais atenção em seu próprio gosto. Atento a isso, hoje Wolff mantém uma grife com mais de 900 rótulos cadastrados, incluindo duas criações próprias. “Geralmente, quem busca uma cerveja artesanal quer gosto e sabor de qualidade”, diz. “No início, há quem ache diferente. Mas depois, acaba se identificado com pelo menos um determinado tipo de cerveja”, destaca o sommelier.

CULTURA PRÓPRIA
Rafael Costa, um dos franqueados da marca em Belém, em parceria com Rodolfo Rodrigues, até brinca sobre o tipo de cliente que deseja receber na loja. “Claro que também é para quem gosta ou para quem está conhecendo. Mas meus olhos até brilham quando alguém me diz que não gosta de cerveja, porque só diz isso quem não conhece”, explica Rodrigues. 
Ele conta que morou no Rio de Janeiro por algum tempo. Lá, teve bom contato com a cultura cervejeira, e voltou para Belém com a ideia de abrir um negócio nesse sentido. Na hora da escolha por uma franquia, em vez de abrir um negócio totalmente novo, pesou fatores como estrutura e marca. “Demoraria mais tempo para conseguirmos abrir, se fosse de outra forma”, destaca. Segundo ele, o suporte e a preocupação com a disseminação da cultura da cerveja oferecidos por Wolff fazem diferença. Gostou? Vá conferir.
CAMINHOS DAS CERVAS
Intercâmbios e estudos  em países tipicamente cervejeiros fizeram com que Wolff se apaixonasse pela bebida. Virou sommelier e fundou a rede de franquias Mestre-Cervejeiro.com., que dirige com paixão. 
Primeiro, porém, ele se tornou sommelier de vinhos. Apenas mais tarde, virou um especialista em cervejas e fez do prazer, um negócio. 
Em 2004, ele criou o Mestre-Cervejeiro.com, para compartilhar essas experiências e divulgar a cultura cervejeira de uma maneira informal, simples e, claro, prazerosa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário