sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Teresina amanhece sem coletivos

Os usuários do transporte público coletivo de Teresina amanheceram, nesta sexta-feira (26), sem acesso ao serviço em sua totalidade, após o início da greve dos motoristas e cobradores de ônibus na manhã de hoje. A decisão havia sido anunciada na última segunda-feira (22).

E o impacto de mais uma paralisação no sistema está sendo percebido entre os teresinenses. Nas primeiras horas desta manhã o GP1 percorreu as avenidas Frei Serafim e João XXIII, mas não encontrou nenhum ônibus coletivo, com exceção de poucos veículos cadastrados para tentar atender à população.
Imagem: Brunno Suênio/GP1Ônibus parados na garagem(Imagem:Brunno Suênio/GP1)Ônibus parados na garagem
De acordo com o vice-diretor do Sintetro, Francisco das Chagas, o sindicato teve dificuldades em disponibilizar 30% da frota no início desta sexta-feira. “Muitos dos motoristas também dependem do transporte público e nós encontramos dificuldade em colocar a frota nas ruas, mas estamos obedecendo ao que a lei estabelece”, destacou.
Imagem: Lucas Dias/GP1Francisco das Chagas, presidente do SINTETRO(Imagem:Lucas Dias/GP1)Francisco das Chagas, presidente do SINTETRO
Do outro lado da moeda, os usuários afirmam que o direito de greve é legítimo, desde que atenda a legalidade. “Eu utilizo dois ônibus para chegar ao trabalho e tive sorte em não me atrasar, mas as paradas estavam lotadas. Um dos ônibus que eu usei era clandestino e ainda assim eu consegui pagar meia-passagem, pagando apenas R$ 1,00”, disse a estudante de jornalismo Thais Guimarães.

Reivindicações


De acordo com o Sintetro, um acordo realizado entre os motoristas, cobradores e os empresários determinou o pagamento de 12,36% de reajuste linear sobre o valor do salário, além do ticket alimentação e plano de saúde. “Esse acordo foi feito em 23 de janeiro desse ano e pago logo em seguida, no entanto, em fevereiro eles nos afirmaram que não teriam condições de efetuar os pagamentos. Ontem nós nos reunimos mais uma vez, na tentativa de um acordo, mas os empresários não assumiram o compromisso e nós partimos para a greve, que havia sido anunciada no início da semana”, ressaltou o vice-presidente, Francisco das Chagas.

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