terça-feira, 1 de março de 2016

Traficante que mandou matar delegado federal, vai ser transferido para o Paraná

Conforme o delegado Rafael Machado, transferência do narcotraficante depende apenas de acertos logísticos, como disponibilidade de voos para o Paraná

    João Branco desembarcou em Manaus no dia 26 em um voo comercial
    João Branco desembarcou em Manaus no dia 26 em um voo comercial (Evandro Seixas)
    Encarcerado na sede da Superintendência da Polícia Federal, no Dom Pedro, na Zona Centro-Oeste, desde a última sexta-feira, o narcotraficante João Pinto Carioca, o “João Branco”, deve ser transferido para o presídio federal de Catanduvas (PR) até quarta-feira,02. A informação foi confirmada pela delegado da Polícia Federal, Rafael Machado, que preside o inquérito da operação “La Muralla”, que investigou e desbaratou a facção criminosa “Família do Norte” (FDN).
    Machado informou que alguns detalhes ainda estão sendo acertados para a transferência do traficante, mas confirmou que isso deve acontecer, no máximo, até amanhã. “Ainda não temos horário definido, mas a transferência pode acontecer amanhã (hoje) ou na quarta, pois dependemos de disponibilidade de aeronave”, disse ele. O delegado também ressaltou que  a PF estuda realizar a transferência de João Branco em um avião da própria Polícia Federal ou em um voo comercial.
    A Penitenciária Federal de Catanduvas tem celas individuais, com cerca de 7 metros quadrados, uma cama, uma pia, um sanitário, uma mesa com banquinho – todos de concreto – e um chuveiro.
    João Branco desembarcou em Manaus, escoltado por policiais federais, na última sexta-feira, após ter sido preso no município de Pacaraima (RR), na fronteira entre a Venezuela e o Brasil. Na ocasião, Branco tentava entrar no país com documentação falsa, o que chamou a atenção dos policiais federais. Além dele, outros três comparsas, que faziam a “escolta” dele minutos antes,  foram presos.
    Considerado um dos líderes da facção criminosa, João Branco era um dos criminosos mais procurados do Amazonas, estando na lista da Interpol em 188 países,  e estava foragido há dois anos, após ter mandado matar o delegado da Polícia Civil, Oscar Cardoso. Segundo a polícia, João Branco é um dos traficantes mais violentos e que executa seus desafetos com requinte de crueldade.

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