quinta-feira, 2 de junho de 2016

Delatores apontam pagamento de R$ 300 mil à empresa de filho de Lula


 

Roberto Trombeta e Rodrigo Morales afirmaram que o valor foi pago sem comprovação de "execução de serviços, contratos e/ou relatórios que acompanhassem tais pagamentos"


 
Segundo os delatores, o pagamento foi feito através de notas fiscais ( Reprodução/Agência PT )
Os delatores da Operação Lava Jato Roberto Trombeta e Rodrigo Morales, responsáveis pela abertura de offshores do Grupo CAOA, afirmaram à força-tarefa que a montadora pagou R$ 300 mil, em 2012, para a Gamecorp, empresa do filho mais velho de Lula, Fábio Luiz, o Lulinha, sem comprovação de "execução de serviços, contratos e/ou relatórios que acompanhassem tais pagamentos". Com informações de Fausto Macedo do Estadão.
O depoimento foi prestado em 29 de abril e, segundo os delatores, o pagamento foi feito "através de notas fiscais enviadas pelo departamento financeiro". "No entanto, ausentes comprovantes de execução de serviços, contratos e/ou relatórios que acompanhassem tais pagamentos". 
A CAOA informou que os pagamentos foram feitos por inserções de publicidade em TV. "Coube à agência de publicidade da companhia implementar um projeto com a referida empresa, em 2012, para inserções interativas de publicidade em programas de TV", disse a nota. 
Fábio Luiz confirma que recebeu o valor por inserções de publicidade, mas alega que o repasse foi legal e recolheu impostos sobre ele.
A Gamecorp, atual PlayTV, é um negócio que tem como sócios, além de Fábio Luiz, Jonas Suassuna e os irmãos Khalil e Fernando Bittar. Os sócios de Lulinha são investigados na Lava Jato por serem donos do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), que a força-tarefa aponta  pertencer a Lula. 
Os valores recebidos pela Gamecorp da CAOA podem ajudar investigadores da Lava Jato e da Zelotes. O filho mais novo de Lula, Luis Cláudio, é alvo desta apuração. 

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