O industrial, jornalista, editor e poeta carioca Augusto Frederico Schmidt (1906-1965), um dos destaques da segunda geração do Modernismo, falava de morte, de ausência, de perda e “De amor” em seus poemas.
DE AMOR
Augusto Frederico Schmidt
Augusto Frederico Schmidt
Chegaria tímido e olharia tua casa,
A tua casa iluminada.
Teria vindo por caminhos longos
Atravessando noites e mais noites.
A tua casa iluminada.
Teria vindo por caminhos longos
Atravessando noites e mais noites.
Olharia de longe o teu jardim.
Um ar fresco de quietação e repouso
Acalmaria a minha febre
E amansaria o meu coração aflito.
Um ar fresco de quietação e repouso
Acalmaria a minha febre
E amansaria o meu coração aflito.
Ninguém saberia do meu amor:
Seria manso como as lágrimas,
Como as lágrimas de despedida.
Seria manso como as lágrimas,
Como as lágrimas de despedida.
Meu amor seria leve como as sombras.
Tanto receio de te amar, tanto receio…
A sombra do meu amor
Poderia agitar teu sono, perturbar o teu sossego…
A sombra do meu amor
Poderia agitar teu sono, perturbar o teu sossego…
Eu nem quero te amar, porque te amo demais.
(Colaboração enviada por Paulo Peres – site Poemas & Canções)
Nenhum comentário:
Postar um comentário