Ciro chegou a afirmar que uma derrota na Capital lhe deixaria desestimulado para disputar a Presidência
A eleição de Fortaleza tem uma importância especial para o grupo liderado no Ceará por Cid e Ciro Gomes, uma vez que ela pode, sim, influenciar na possibilidade futura de termos mais um nome do Estado na disputa pela Presidência da República, em 2018. Ciro Gomes afirmou que, se perdesse na Capital, ele ficaria desestimulado para a disputa presidencial, enquanto que Cid afirmou que a vitória de Roberto Cláudio acabaria sendo uma referência para o resto do País.
"Claro que a eleição de Fortaleza interfere em 2018. Se ele for prefeito e o Ciro candidato, e ele estiver bem, isso ajuda o candidato, porque acaba sendo um exemplo, uma referência", disse Cid Gomes. Segundo disse, o Brasil está vivendo um momento de perplexidade em torno da política nacional, havendo um esforço pensado e orientado pelo poder econômico de negar a política. "É a única forma que eles têm de dominar sem oposição", apontou Cid Gomes.
Fortaleza, com a eleição de Roberto Cláudio, conforme defendeu Cid Gomes, será um contraponto ao que ocorre em Brasília, uma vez que em sua opinião, o prefeito pratica a boa política. "Ninguém faz mudança na vida das pessoas sem ser na boa política. A negação da política é ruim, porque aliena as pessoas, deixa as pessoas afastadas e quando isso acontece quem sofre é o País", destacou.
Cid Gomes afirmou que há a possibilidade de o PT vir a apoiar uma eventual candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República em 2018. Segundo ele, há frações no PT que compreendem a importância de oxigenar a postura da legenda. "Durante muito tempo o PT adotou uma tese da hegemonização, isso acabou permitindo que algumas práticas fossem distorcidas e provocou desastres que o PT tem hoje", lembrou ele destacando que o partido perdeu milhões de votos de uma eleição para outra.
Questionado sobre a possibilidade de vir a ser candidato ao Governo do Estado, em 2018, Cid Gomes negou, mas não chegou a descartar a possibilidade de disputar uma das vagas ao Senado. Se limitou a dizer que não tem vontade de ser candidato a nada. "Pelo meu gosto, eu não serei candidato".
Já Ciro Gomes afirmou que em Fortaleza apareceram alternativas na disputa pela Prefeitura, mas nas três grandes capitais do País, Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, em sua avaliação, estão experimentando "retrocessos graves". Segundo ele, essas situações não se refletem na Capital cearense, visto que em sua opinião há uma maior conscientização política da população.
Para ele, a disputa em Fortaleza não influencia no processo eleitoral de 2018, mas uma derrota na Capital lhe tiraria muito do estímulo de seguir na disputa como pré-candidato pelo PDT à Presidência da República. "Se o melhor prefeito perde para um 'samango' desqualificado...", disse. O ex-governador, que já foi prefeito da Capital cearense, afirmou que Roberto Cláudio foi melhor gestor da cidade que ele por ter uma circunstância melhor e visto que ele só administrou a cidade por um ano e meio.
Segundo disse, a campanha de Capitão Wagner foi "extremamente desqualificada", visto a falta de compromisso com a decência e história do Ceará. "Ficou flagrante que Roberto Cláudio é o melhor nome.
O governador Camilo Santana também esteve presente à votação de Roberto Cláudio, e segundo disse o pedetista é o melhor prefeito das últimas décadas no Brasil. "O importante é que a gente sente nas ruas. O que eu sentia era o entusiasmo da população e o Roberto Cláudio continuará o trabalho dele pelo bem de Fortaleza", destacou.
Camilo Santana foi um dos principais aliados da candidatura de Roberto Cláudio, mesmo quando o seu partido, o PT, decidiu ter candidato próprio à Prefeitura de Fortaleza. Ele, depois do primeiro turno participou de muitos dos eventos de campanha de Roberto Cláudio em Fortaleza, sempre dizendo que ele foi o melhor prefeito que Fortaleza já teve, uma crítica direta a Luizianne Lins, que lhe faz oposição, foi a candidata a prefeita, depois de ter passado a Prefeitura para Roberto Cláudio, no primeiro dia de janeiro de 2013.(DN)
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