O ex-presidente José Sarney (PMDB), um dos caciques políticos nordestinos, saiu mais uma vez derrotado das eleições em São Luís e Macapá.
Na capital do Maranhão, o prefeito reeleito, Edivaldo Holanda Júnior (PDT) é adversário histórico da família Sarney e teve o apoio do governador Flávio Dino (PCdoB), que derrotou o grupo Sarney em 2014.
“Ninguém queria a família Sarney. O PMDB e a família Sarney apoiaram a candidatura do Eduardo Braide. Foi uma consolidação da vitória do [governador Flávio] Dino, com o governo do Estado e a prefeitura da capital contra a família Sarney. Pela primeira vez, você tem a consolidação de uma força antifamília Sarney”, observou o cientista político Vanuccio Pimentel.
Em Macapá, o candidato do ex-senador José Sarney, Gilvam Borges (PMDB), foi derrotado pelo atual prefeito, Clécio Luís (Rede), que venceu neste domingo (30) o 2º turno da disputa pelo executivo da capital amapaense. Ele comandará a cidade pela segunda vez consecutiva. Com 100% das urnas apuradas, o político obteve 123.808 votos, correspondendo a 60,50%. O segundo colocado, Gilvam Borges (PMDB), apoiado por Sarney, teve 39,50%, representando 80.840 votos.
Desgastado no Maranhão, José Sarney teve de recorrer ao Amapá para tentar perpetuar sua influência política e acabou perdendo a eleição com seu aliado Gilvam Borges.
Depois de retornar ao noticiário político em uma gravação do ex-presidente da Transpetro Sergio Machado, onde foi alvo de um pedido do Ministério Público para que usasse tornozeleira eletrônica por suspeitas de atuar para atrapalhar a Operação Lava-Jato, na disputa pela prefeitura de Macapá José Sarney operou para a consolidação da candidatura do eterno aliado Gilvam Borges. Dono de um poderoso conglomerado de rádios e televisões no estado, Borges foi candidato orgânico da oligarquia Sarney, aliado do também sarneysista Waldez Góes, governador do estado. Com o resultado deste domingo, Sarney e companhia foram derrotados.
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