terça-feira, 1 de novembro de 2016

Botijão de gás fica mais caro a partir de hoje


 

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Reajuste, de até R$ 0,20 por botijão de 13 quilos, foi anunciado pela Petrobras; distribuidoras podem aumentar preço ainda mais

Foto: Divulgação
O consumidor terá que pagar ainda mais caro pelo botijão de gás de 13 quilos, após a Petrobras anunciar reajuste de até R$ 0,20, mas o aumento pode ser ainda maior. A justificativa da estatal é que os contratos de fornecimento com vigência a partir de 1º de novembro vão refletir mudanças na composição de preços de logística. Em São Luís, é possível encontrar botijão com preços que variam de R$ 50 a R$ 60.
Por meio de nota, a Petrobras informou que não fez qualquer mudança na tabela de custos do GLP, que continua tendo a mesma tarifação. "O impacto estimado pela Petrobras sobre os preços do botijão de 13 kg, que é a referência para uso residencial, é de R$ 0,20 por unidade, na média do país. Isso representa 0,36% no preço de um botijão que custe R$ 55,00, por exemplo. De acordo com cálculos internos, o impacto máximo, desconsiderando a média nacional, não ultrapassará R$ 0,70 por botijão nos preços cobrados pela Petrobras às distribuidoras. Como a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de derivados, as revisões feitas pela Petrobras nas refinarias podem ou não se refletir no preço final ao consumidor. A companhia não tem qualquer ingerência na precificação final adotada por distribuidoras e revendedores de combustíveis", esclarece a estatal.
O Estadoma.com ligou para algumas distribuidoras na capital maranhense e apurou que os preços, de fato, devem ser reajustados, mas ainda não sabem para qual valor. O aumento do gás de cozinha pegou de surpresa a funcionária pública Vinólia Abreu, que precisou trocar de botijão na semana passada. "A última vez que eu tinha comprado estava R$ 55. Na semana passada, eu me assustei quando perguntei o preço: R$ 60. Se for aumentar de novo vai ficar difícil", destaca.
Se por um lado o gás de cozinha teve reajuste, a gasolina teve redução no preço em São Luís. No levantamento realizado de 16 a 22 de outubro pela Agência Nacional de Petróleo Gás Natural e Biocombustível (ANP), o preço médio encontrado nos postos de combustíveis da capital maranhense era de R$ 3, 417. Já no levantamento realizado pela ANP no período de 23 a 29 de outubro, o preço médio já era de R$ 3,388, com valor mínimo de R$ 3,289 e preço máximo de R$ 3,689. Foram verificados os preços em 35 postos de combustíveis de São Luís,
NOTA
Esclarecimento sobre preços de botijão de GLP

A Petrobras não fez qualquer mudança na tabela de custos do GLP, que continua tendo a mesma tarifação.

No entanto, a companhia alterou os contratos de fornecimento de GLP com as distribuidoras para melhor refletir custos de logística que tipicamente deveriam por elas ser cobertos, mas que eram suportados pela companhia. Na prática, está se reduzindo subsídios às distribuidoras de GLP. É um movimento semelhante ao que foi realizado há dois anos para os contratos de fornecimento de diesel e gasolina.

O impacto estimado pela Petrobras sobre os preços do botijão de 13 kg, que é a referência para uso residencial, é de R$ 0,20 por unidade, na média do país. Isso representa 0,36% no preço de um botijão que custe R$ 55,00, por exemplo. De acordo com cálculos internos, o impacto máximo, desconsiderando a média nacional, não ultrapassará R$ 0,70 por botijão nos preços cobrados pela Petrobras às distribuidoras. Como a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de derivados, as revisões feitas pela Petrobras nas refinarias podem ou não se refletir no preço final ao consumidor. A companhia não tem qualquer ingerência na precificação final adotada por distribuidoras e revendedores de combustíveis.
Esse movimento é importante para evitar distorções e estimular investimentos na cadeia de logística. Um exemplo é a estocagem: nas entregas feitas por cabotagem, muitas vezes o GLP é armazenado em tanques da Petrobras. O preço cobrado de quem usa a infraestrutura da companhia era o mesmo aplicado a clientes que não usam. A partir de agora passa a ser diferenciado, sendo inferior para quem dispõe de infraestrutura própria ou carrega o GLP direto do navio da cabotagem, estimulando as distribuidoras a investirem em armazenamento. Há exemplos similares no uso de dutos e de estações de carregamento de GLP da companhia.

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