Milena morreu no acidente e o noivo Francieldo ficou ferido
Suspeito de ter provocado um acidente que matou uma enfermeira em dezembro, André Luís Borges Martins, foi solto pela Justiça usando tornozeleira eletrônica. André se envolveu no acidente que vitimou fatalmente a enfermeira Milena Amanda Nery, de 24 anos. Segundo informações da PRF o acidente ocorreu na madrugada do dia 4 de dezembro na altura do restaurante Frango Dourado na BR343, saída de Teresina.
"Obtivemos a liberação simplesmente pela inexistência dos motivos autorizadores para a manutenção da prisão preventiva. Ele tem residência fixa, é estudante de Direito da Estácio CEUT, é réu primário e não irá atrapalhar as investigações", pontuou o advogado de defesa Leôncio Coelho Júnior.
A decisão do juiz Luiz de Moura Correia, da Central de Inquéritos de Teresina, datada da última sexta-feira (27), afirma que sua liberdade está condicionada às seguintes medidas cautelares - deverá comparecer mensalmente em juízo (Núcleo de Atendimento ao Preso Provisório NAPP) para informar e justificar suas atividades, deverá ainda comparecer sempre que intimado, não poderá deixar a comarca de Teresina sem prévia autorização ou mudar de endereço sem prévia comunicação, recolhimento domiciliar no período noturno, durante a semana das 22h as 6h e nos finais de semana e feriados das 20h as 6h, proibição de frequentar bares, boates e similares, monitoração eletrônica e suspensão do direito de dirigir com recolhimento da carteira de habilitação. O descumprimento de qualquer medida imposta pode causar a prisão do acusado.
Para ganhar a liberdade, André teve que pagar a fiança arbitrada em R$ 9370.
Apesar do uso da tornozeleira o advogado afirma que entrará com um pedido de remoção do dispositivo, quão antes for possível. Segundo ele, por conta do acidente André acabou tendo problemas físicos que vão obriga-lo a se recuperar em fisioterapia. "Ele fez uma cirurgia na bacia e está com uma perna menor do que a outra. Provavelmente ele será submetido a uma nova cirurgia e vamos pedir baseados em laudos médicos a retirada desse monitoramento", explicou o advogado.
Defesa
Leôncio Coelho, questiona ainda uma série de acusações feitas no processo contra André são infundadas. Segundo ele, uma das jovens que estava com ele no carro e prestou depoimento teria mentido na sua versão após receber ameaças do pai. "Ela estava no carro do André, só que o depoimento dela não tem valor jurídico pois o pai dela ameaçou meu cliente na hora e ainda o agrediu. Ela foi coagida no meu entendimento e tenho 16 anos de profissão", completou.
O advogado acrescenta que seu contrato com a família do rapaz se conclui com a soltura provisória dele, mas que caso continue à frente da defesa irá solicitar uma nova perícia que comprove todas as acusações feitas a seu cliente.
"Quando se fala que ele invadiu a contramão está claro que não foi. A batida não foi sequer na pista ele estava na via carrossal bem distante da via. Além disso ninguém foi submetido a exame de bafômetro no local o que questiona a informação de que meu cliente teria bebido. Outra questão é a velocidade do carro que travou no impacto com uma velocidade incompatível", concluiu o advogado.
Rayldo Pereira
cidadeverde.
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