Árvore com 8,5 m de diâmetro faz parte da flora de mata fechada na zona urbana da cidade
No último mês de fevereiro, uma vistoria técnica foi realizada por profissionais da Prefeitura de Timon em floresta nativa de mata fechada localizada na zona urbana do município. A vistoria atende à solicitação do prefeito Luciano Leitoa e faz parte de estudos realizados pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA) para possível criação de unidade de conservação ambiental. Durante sua realização, foi identificada, dentre outras riquezas florísticas, uma árvore com 8,5 metros de diâmetro no tronco.
“Trata-se de um trabalho para reconhecimento e levantamento de informações, numa área de aproximadamente 26 hectares, objetivando o mapeamento da fauna e da flora do local vistoriado”, disse o secretário de Meio Ambiente do Município de Timon, Jailson de Oliveira. “Ainda não se sabe a dominialidade da área”, acrescentou o secretário, informando que oficializará à Secretaria de Planejamento do município para realizar um levantamento imobiliário da extensão vistoriada, a fim de conhecer sobre a propriedade do local.
O trabalho foi realizado por uma equipe de técnicos da SEMMA, composta pelo engenheiro agrônomo especialista em floresta nativa – Osmarino Borges e pelo técnico ambiental, geógrafo e esp. em gestão ambiental – Rafael J. Marques, auxiliados por outros servidores da SEMMA, que realizaram o levantamento das espécies vegetais nativas e não nativas.
“Ao adentrar a floresta, nos deparamos com algumas espécies de árvores com tamanho, altura imponente e que para medir o diâmetro de seu tronco foram necessárias três pessoas para estender a fita métrica em sua volta”, disse o especialista em floresta Osmarino Borges ao acrescentar que será necessária a realização de estudo por um profissional de botânica para dizer com precisão a qual espécie vegetal pertence a referida árvore, mas afirmou que dá para dizer de imediato que se trata de uma árvore com mais de cem anos de vida.
O esp. em gestão ambiental Rafael J. Marques indica, ainda, que é necessário elaborar mapas de uso de ocupação da terra no local e fazer delimitações da área para a proteção de um afloramento de um corpo hídrico no local, assim considerando o Código Florestal Brasileiro, Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012. O Código estabelece limites de uso da propriedade, que deve respeitar a vegetação existente na terra, considerada bem de interesse comum a todos os habitantes do Brasil.
Dentre as espécies vegetais, também foram identificadas na área: Mangueiras, Cajueiros, Carnaúbeiros, Palmeiras Babaçu, Samambaias, Tamarineiros, Cajazeiras, Bananeiras, Tucunzeiros, Buritizeiros, Cana-de-açúcar, Pau-d’arco, Angicos, entre outras espécies sem catalogação precisa, como é o caso da árvore de 8,5 metros de diâmetro encontrada na mata. Ainda segundo relatório da área vistoriada, também há predominância de outras espécies de vegetação, como plantas que vivem em ambientes aquáticos.
O relatório conclui que a área vistoriada é de grande importância natural, florística e hídrica, sendo viável para que seja transformada em uma Unidade de Conservação Local ou de Uso Sustentável de acordo com o que prevê a Lei no 9.985/2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza.( Assessoria )
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