segunda-feira, 12 de junho de 2017

Gilmar Mendes critica possibilidade da Abin estar investigando Edson Fachin


 

A ação teria como objetivo buscar fragilidades que poderiam colocar em xeque a atuação do ministro.

Foto: Reprodução
O ministro Gilmar Mendes criticou, neste domingo (11), a possibilidade de a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) ter investigado o ministro Edson Fachin.
“A tentativa de intimidação de qualquer membro do Judiciário, seja por parte de órgãos do governo, seja por parte do Ministério Público ou da Polícia Federal, é lamentável e deve ser veementemente combatida”, disse o ministro Gilmar Mendes.
O suposto uso da Abin por Temer é tema de reportagem da revista Veja publicada neste fim de semana. Segundo a publicação, o ministro do Supremo, Edson Fachin – relator do inquérito contra o presidente Michel Temer – estaria sendo monitorado pela Abin a pedido do Palácio do Planalto. A ação teria como objetivo buscar fragilidades que poderiam colocar em xeque a atuação do ministro.
Começando pela presidente do STF, neste sábado (10), as reações foram fortes à mera possibilidade de isso ter acontecido. Cármen Lúcia condenou a suposta “devassa ilegal” da vida do ministro e disse que isso, se confirmado, seria “prática própria de ditaduras”. Menos de 3 horas depois, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, criticou “práticas de um Estado de exceção”.
Segundo ela, se comprovada a prática, em qualquer tempo, “as consequências jurídicas, políticas e institucionais terão a intensidade do gravame cometido, como determinado pelo direito”
O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Sergio Etchegoyen, negou que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) tenha monitorado o ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin. A agência é subordinada ao gabinete do general.
O Palácio do Planalto emitiu na noite de sexta-feira, 9, uma nota à imprensa negando a versão da publicação. Etchegoyen telefonou para a presidente do Supremo, Cármen Lúcia, para negar o teor da reportagem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário