quinta-feira, 1 de junho de 2017

Salários de servidores do Piauí podem atrasar

Superintendente fala em risco grave 
O superintendente do Tesouro Estadual, Emílio Júnior, foi muito claro nesta quarta-feira (31) ao afirmar que o Piauí corre o risco de atrasar salários e de viver situação semelhante a do estado do Rio de Janeiro. A declaração foi feita durante audiência pública para discutir o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias 2018 na Assembleia Legislativa.
Ele disse que nos últimos anos o Piauí tem se salvado com dinheiro de operações de crédito e que agora novamente depende delas para sobreviver. Ele chegou a classificar as operações como “milagre”. Emílio ainda completou dizendo que o estado não dinheiro para ações de infraestrutura e que os recursos estão dando apenas para manter a máquina.
“Olha, nós não descartamos [deixar de pagar a folha]. Existe uma dificuldade financeira muito grande no país e o Piauí não está fora disso. Todos os esforços tem sido feitos para que o foco principal seja manter a folha. Mas é lógico que não podemos dizer que não existe dificuldade para manter essas despesas mínimas funcionando”, falou.
Equipe econômica do governo admite risco (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)Equipe econômica do governo admite risco 
Segundo ele, a situação do Piauí é “gravíssima” e todos os órgãos e Poderes precisam entender essa realidade. Ele destaca que os empréstimos contraídos pelo governo são voltados para infraestrutura, mas lembra que acabam ajudando no pagamento da folha dos servidores de maneira indireta, pois evitam que dinheiro do tesouro seja tirado para obras.
“A situação da gente é gravíssima. Se ficar essa questão da crise política afetando a econômica [a coisa vai se agravar]. Estou fechando o mês de maio com crescimento negativo do FPE nominalmente. Se o FPE, que é nossa maior receita, continuar a ter esse crescimento negativo, como o estado vai bancar? Nós viemos com as despesas primárias aumentando na ordem de 15% nos últimos anos e as receitas caindo. Não tem como”, disse.

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