quinta-feira, 6 de julho de 2017

Pai busca filha desaparecida há 24 anos

Pai busca filha desaparecida há 24 anos (Foto: Ney Marcondes/Diário do Pará)
Ruy Cardoso, 68, e a projeção de imagem atual de Josilene Cardoso. (Foto: Ney Marcondes/Diário do Pará)
A esperança de Ruy Reinaldo do Carmo Cardoso, de 68 anos, acaba de aumentar ao ver a projeção simulada de envelhecimento da filha que procura há 24 anos. Josilene Barbosa Cardoso, desapareceu em 18 de julho de 1993, aos 11 anos, em Soure, na Ilha do Marajó. O caso teve repercussão na época, quando a filha do então prefeito também fora raptada.

O trabalho foi desenvolvido pela Delegacia de Pessoa Desaparecida, da Divisão de Homicídios, em Belém, depois que a titular, delegada Maria Lúcia Santos, foi procurada pelo pai de Josilene para continuar as buscas.

Uma projeção de envelhecimento foi feita, usando fotos da então criança e de seus parentes para realizar a progressão. Dois resultados foram divulgados à imprensa. Uma de Lene, atualmente com 36 anos, com cabelos naturais e curtos e outra com cabelos alisados.

Ruy não perde as esperança de reencontrar a filha. “Eu vou continuar até encontrá-la. Tenho a esperança de que, antes de morrer, eu vou encontrá-la, não há obstáculos para mim”, contou ele. No ano de 93, o caso teve repercussão na imprensa e duas pistas sobre o paradeiro de Josilene, sem sucesso.

A garota desapareceu um ano depois do sumiço da filha do então prefeito de Soure na época. A menina tinha 11 anos quando foi raptada, sem que deixasse pista. Até hoje, a filha de Ruy, que está com 36 anos, nunca foi localizada por policiais civis. 
A projeção foi feita tendo como base fotos de Josilene criança e de parentes dela. (Foto: Ney Marcondes/Diário do Pará)
O CASO

O pai e irmãos de Josilene moravam na Fazenda Santa Cruz do Tapera, no município de Soure. No domingo, dia 18 de julho de 1993, a família passou o dia no balneário Tombo do Jutaí, às margens do rio Paracuari. O pai se afastou do local para comprar um refrigerante e, ao retornar, não encontrou mais a menina. Ela foi vista pela última vez subindo a rua, como se estivesse indo atrás do pai.

Para a delegada Maria Lúcia, da Polícia Civil, ainda é possível que Josilene esteja viva. “Acreditamos que ela esteja viva, porque a viram pela última vez subindo a rua, como se estivesse indo atrás do pai e, no caminho, foi raptada. Era comum nessa época meninas serem raptadas para prestarem trabalho infantil nas residências de famílias. Se ela tivesse se afogado, o corpo dela teria sido achado. Tudo indica que ela está viva”, relatou a policial civil

CASOS EM ABERTO

A Delegacia de Pessoa Desaparecida da DH já registrou 86 ocorrências de pessoas desaparecidas nos município e Região Metropolitana. Destas, 69 pessoas já foram localizadas e 19 casos continuam em aberto, segundo dados. De acordo com a delegada Maria Lúcia, a delegacia é especializada apenas para desaparecimento de pessoas adultas. “São situações em que já se passaram muitos anos e a pessoa já atingiu a fase adulta ou, como é a maioria dos nossos casos, são idosos perdidos ou pessoas com deficiência intelectual que saem do convívio da família”, explicou.

(Emily Beckman/Diário do Pará)

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