Por Tomaz Teixeira
Nada contra o estado do Piauí buscar financiamentos dentro e fora do país, desde que sejam para investir em projetos que proporcionem geração de riqueza, emprego para a juventude e renda para os cofres públicos.
A omissão do Legislativo, que irresponsavelmente aprova esses pedidos de empréstimos, sem a exigência obrigatória dos projetos anexados ao pedido de propostas dirigidas ao Legislativo, como acontecia no passado. Hoje, a omissão do Legislativo, merece uma intervenção do Ministério Público, glosando esses empréstimos, uma vez que o TCE virou casa de NOCA, onde o arquivo de políticos cansados e viciados com as benesses do poder, há muito, não exerce o seu papel constitucional, de vetar esse tipo de empréstimo sem as obrigações de praxe e na forma da Lei, exigindo projetos, planilhas de custos e de desembolso de cada obra.
Afinal, e o nome disso é governar, ou promover a bagunça desordenada com os dinheiros públicos? Bem que o governador deveria puxar as orelhas de sua equipe de planejadores. Ora, como o Legislativo, MPE e o TCE, podem investigar a aplicação desses recursos, se na proposta encaminhada ao Legislativo, que, mais uma vez, irresponsavelmente, aprova pedidos de empréstimos do Executivo, sem os obrigatórios projetos e as planilhas de custos e de desembolso? E no Piauí existe mesmo Tribunal de Contas? E o MPE existe mesmo prá quê? Será que o MPF de Curitiba não tem servido de exemplo de combate aos desmandos dos governantes perdulários e irresponsáveis?
Infelizmente na ALEPI não existe oposição séria, pois, os que tentam fazer oposição criticam o Executivo de dia, e de noite, sentam com o governador para comer, beber e até fazer serenatas!! Que oposição é essa?
Vamos aos fatos que geraram o pedido de R$ 1 bilhão à Caixa Econômica para os setores que vão receber aplicação desses recursos, mas, sem projetos e muito menos sem planilhas de custos. No passado, um crime, mas, com o TCE de compadres de hoje, e omissão do MPE, a farra com o dinheiro público corre solta.
Já estão liberados R$ 600 milhões. O restante da operação já aprovada, de R$350 milhões, deve ser liberada, entre 20 e 30 dias.
Agora vejam como vão aplicar o dinheiro: O Governador Wellington Dias, confirmou que “o dinheiro será utilizado para retomar obras paralisadas, aplicar em infraestrutura, saúde e abastecimento de água.” Ora, em qual infraestrutura? Cadê o projeto? Saúde? Em quais projetos? Infraestrutura, que tipo de infraestrutura, sem projetos? E ainda acrescenta a esparramada do dinheiro: recursos destinados aos projetos prioritários, como a conclusão de obras estruturantes, mas, quais são essas obras? Planilhas e custos? Construção de estradas e pontes nos municípios!! Quais pontes e em quais municípios? Tinha que 
acompanhar projetos de tudo isso!! Ou o dinheiro vai ser espatifado como são espatifados bilhões no estado, desde o final do governo de Wilson Martins, que tirou nesse mesmo estilo irresponsável aprovado pela ALEPI R$ 2.7 bilhões, 9 meses antes de se desincompatibilizar para se candidatar a senador, de Junho/2013 a Março/2014, data de sua saída.E vejam a gravidade perdulária: não fez nem rodoanel, nem duplicação das BRs 343 e 316, melou 30 quilômetros da lama asfáltica na cabeça da estrada Transcerrado, nem mais coisa nenhuma que justifique o investimento superior a 2.7 bilhões, dos quais, recebeu R$ 2.100 bilhões, deixando para os Governadores Zé Filho e depois W. Dias, um saldo de R$ 600 milhões a ser retirado do banco financiador.
Nada contra o estado que tem condições de endividamento e que busque empréstimos até mesmo bilionários, mas, desde que, seja feito com responsabilidade, em cima de projetos factíveis, com planilhas de custos e de desembolso, até para facilitar a fiscalização da ALEPI, MPE, E TCE!! Mas, esses três órgãos de fiscalização do dinheiro do povo, de forma irresponsável e conivência, se omitem de fiscalizar com seriedade e responsabilidade.
Que a SEPLAN/PI faça projetos inconclusos e incompetentes, 
encaminhados pelo Executivo ao Legislativo, mas, que se tenha o mínimo de critério, devolvendo ao Executivo, para a necessária complementação com os respectivos projetos, de planilhas de custos e de desembolso.
Nada contra o Piauí, nada contra o governador Wellington Dias, mas, pedido de empréstimos sem projetos, planilhas de custos e de desembolso, cheira a manobra para desviar com facilidade o dinheiro do povo para rumos ignorados, que só Deus sabe para onde e para quem!
É a nossa dura e real opinião de hoje, doa a quem doer.
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