segunda-feira, 10 de julho de 2017

Preso suspeito de saques fraudulentos

Preso suspeito de saques fraudulentos (Foto: Ney Marcondes/Diário do Pará)
O delegado Davi Jacob, da PF, é o responsável pelo caso. (Foto: Ney Marcondes/Diário do Pará)
Policiais federais deram conclusão, na manhã de ontem, à Operação Menecma, que desarticulou uma organização criminosa em Belém. Pelo menos 16 criminosos, entre homens e mulheres, comandavam um esquema para realização de saques fraudulentos em nome de pessoas que faleceram recentemente e que não tinham retirado o dinheiro de suas contas. Ontem, o último suspeito foi preso, em Belém.
A operação foi deflagrada em 25 de maio último, quando 8 pessoas foram presas e mais 7 submetidas a condução coercitiva. O suspeitos de ontem foi detido de forma preventiva, acusado de ser o responsável por obter as informações das vítimas. Ele já estava sendo investigado desde o início da operação, mas apenas agora os policiais federais obtiveram provas suficientes para efetuar a prisão. 
Além disso, os agentes da PF cumpriram mais 2 mandados de busca e apreensão, um na casa do acusado e outro não efetivado, pois o endereço já não era mais de propriedade de outro suspeito. Foram apreendidos documentos que passarão por uma análise para verificar se de fato têm relação com a operação.
INVESTIGAÇÃO
A investigação começou há 1 ano, depois que a Polícia Federal recebeu uma denuncia de que uma organização criminosa estaria fazendo saques fraudulentos em bancos, principalmente na Caixa Econômica Federal. O esquema tinha como alvo principal pessoas que tinham morrido há pouco tempo e tinham deixado para trás valores de saques precatórios.
O precatório é uma ordem de pagamento de dívida do poder público reconhecida pela Justiça, como indenização trabalhista. Outras quantias eram oriundas de benefícios sociais como o Bolsa-Família. O delegado Davi Jacobs, responsável pelo caso, informa que ainda não sabe como, mas os criminosos tinham em mãos o Cadastro de Pessoa Física (CPF) das vítimas e, a partir desse dado, obtiam as demais informações (RG e nome completo) por meio de sistemas cadastrais. Em seguida, falsificavam documentos em nome dessas pessoas.
Por último, o grupo aliciava outras pessoas com características físicas semelhantes e a enviavam para os bancos para realizar o saque. Com os dados das pessoas, montavam os chamados bonecos, pessoas com as mesmas características do titular da conta corrente.A Polícia Federal ainda não tem com precisão da quantidade de pessoas aliciadas nem de vítimas. Até o momento, a PF já confirmou que R$ 1,7 milhão foram sacados no processo, quantia que pode se revelar maior.

A operação já é dada como concluída, restando apenas a análise dos documentos apreendidos e o depoimento do último acusado.
MENECMA
Menecma significa sósia, alguém muito parecido com outra pessoa. O nome da operação foi escolhido em referência aos “bonecos”, as pessoas que se passavam pelas vítimas para realizar os saques fraudulentos.
(Alice Martins Morais/Diário do Pará)

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