sexta-feira, 28 de julho de 2017

Se reduzir os juros para 8% ou 7%, Meirelles pode virar o jogo e se fortalecer


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Meirelles exibe o pepino que Temer está plantando
Antonio TemóteoCorreio Braziliense
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) reduziu a taxa básica de juros (Selic) em um ponto percentual, para 9,25% ao ano. A decisão, tomada por unanimidade pelo colegiado, era amplamente esperada pelo mercado. O que os analistas querem saber agora são os próximos passos do BC. Diante da escalada da crise política, das pressões inflacionárias decorrentes da alta de impostos e da possível mudança de bandeira tarifária, há risco de que o ritmo de queda de juros diminua significativamente.
O risco de que o governo não cumpra a meta de fiscal de 2017, que prevê um rombo de R$ 139 bilhões nas contas públicas, também está no radar dos analistas. A equipe de Ilan Goldfajn tem dado peso significativo ao reequilíbrio nas finanças do Executivo como condição para reduzir os juros.
Apesar das pressões, a mediana das expectativas do mercado apontam que os juros terminarão o ano entre 7% e 8% ao ano. Além disso, as projeções para inflação ancoradas e o IPCA tem surpreendido positivamente. Uma piora do ambiente interno, entretanto, pode prejudicar esse processo, sobretudo se o preço do dólar subir consideravelmente.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – No meio de tantas notícias ruins, com Temer liberando verbas adoidado para se salvar, a estratégia de reduzir os juros é uma grande novidade. Com taxas menores, diminuirá em termos nominais o custo da rolagem da dívida interna. O total da dívida já está em R$ 3,3 trilhões. É o maior problema brasileiro, pois o total chega a R$ 4,6 trilhões, somando-se as dívidas dos estados, municípios e fundos de pensão. Se a redução dos juros for mantida, o governo pode chegar ao final do ano compensando o estouro da meta do teto dos gastos e Meirelles ficará fortalecido. Vamos aguardar, porque os banqueiros vão reagir com força total. Já estão se sentindo traídos por Meirelles e vão exigir a cabeça dele, podem ter certeza. Se Meirelles cair, Temer desabará junto com ele e a economia entrará em parafuso. (C.N.)

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