terça-feira, 15 de agosto de 2017

João Doria nega querer Presidência


 



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Apesar do discurso, o prefeito paulistano está percorrendo o Brasil para participar de eventos ( FOTO: AFP )
Palmas. O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), negou, ontem, em Palmas, ser candidato a presidente.
"Vim buscar ensinamentos positivos em Palmas, principalmente na área de Educação", afirmou, ao ser recebido com faixas com a frase "Tocantins quer Doria presidente" e por militantes com camisetas que "antecipavam" a campanha de 2018.
O prefeito viajou a convite do senador tucano Ataídes Oliveira (TO), que afirmou desconhecer o responsável pela criação tanto da camiseta como das faixas com os dizeres "Doria Presidente". O prefeito da capital tocantinense, Carlos Amastha (PSB), e o deputado estadual Olyntho Neto (PSDB) negaram ter mandado pôr as faixas pró-Doria presidente e distribuído camisetas.
"São fãs, pessoas que querem ver o Brasil no rumo certo", alegou Olyntho. No entanto, na Assembleia Legislativa do Estado do Tocantins, quatro portadores de faixas, trajados com as camisetas, confirmaram ser funcionários do deputado estadual do PSDB do Tocantins.
No gabinete de Amastha, Doria atacou, no entanto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Sou honesto e decente. Não sou Lula e não sou o PT", afirmou, ao ser perguntado sobre a relação da incorporadora Cyrela com as ações na cracolândia.
O secretário extraordinário de Investimento Social da Prefeitura da capital paulista, Cláudio Carvalho de Lima, foi diretor da construtora. Para desocupar a cracolândia, o prefeito de São Paulo criou o Projeto Redenção, que visa tirar os viciados das ruas e encaminhá-los para os serviços sociais e de Saúde. Com diversas ações na região, até agora Doria apenas tirou do lugar os dependentes químicos, mas eles se deslocaram para áreas próximas como a Praça Princesa Isabel.
Recentemente, ele criou um comitê para cuidar das doações à Prefeitura da capital, que, de acordo com o prefeito, chegam a R$ 700 milhões. Na chefia da comissão, está Lima. Doria afirmou que a Cyrela, assim como "muitas outras empresas", está entre as doadoras.
Padrinho
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse, ontem, que a ideia de gravar um vídeo no Palácio dos Bandeirantes em que Doria reafirma sua "lealdade" ao padrinho político partiu do próprio Doria. Segundo o prefeito, o vídeo foi feito para rebater "colocações infundadas" sobre uma disputa interna de quem será o candidato tucano à Presidência em 2018.

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