Aos 32 anos, Erika Januza se diz romântica à moda antiga, sonha em se casar de branco e garante estar solteira, mas não fechada à uma nova paixão.
Dizem que a vida imita a arte. Mas no caso de Erika Januza é justamente o oposto. A intérprete de Raquel, de ‘O Outro Lado do Paraíso’, que estreia dia 23 de outubro, às 21h, na Globo, já foi rejeitada pela família do, na época, namorado, por ser negra assim como sua personagem.
“Foram em dois relacionamentos. Um aconteceu há 10 anos e outro há sete. Foi em Contagem, onde nasci, em Minas Gerais. Eram situações de sentir que o então namorado não queria estar comigo em público e da família não aceitar. Amigos me alertaram”, recorda Erika, que visitava a casa dos pais do namorado sabendo que não era bem aceita.
“Fingia que nada estava acontecendo. Se alguém me tratasse mal, eu iria embora. Mas a família tentava me agradar, mas eu sabia que por trás daquilo era outra coisa. Acho que eles nem desconfiavam que eu sabia”, lembra Erika, que passou 21 dias gravando a novela no Jalapão. “Um lugar mágico. Retornei renovada. Torço para voltar a gravar lá”, acrescenta.
Dizem que a vida imita a arte. Mas no caso de Erika Januza é justamente o oposto. A intérprete de Raquel, de ‘O Outro Lado do Paraíso’, que estreia dia 23 de outubro, às 21h, na Globo, já foi rejeitada pela família do, na época, namorado, por ser negra assim como sua personagem.
“Foram em dois relacionamentos. Um aconteceu há 10 anos e outro há sete. Foi em Contagem, onde nasci, em Minas Gerais. Eram situações de sentir que o então namorado não queria estar comigo em público e da família não aceitar. Amigos me alertaram”, recorda Erika, que visitava a casa dos pais do namorado sabendo que não era bem aceita.
“Fingia que nada estava acontecendo. Se alguém me tratasse mal, eu iria embora. Mas a família tentava me agradar, mas eu sabia que por trás daquilo era outra coisa. Acho que eles nem desconfiavam que eu sabia”, lembra Erika, que passou 21 dias gravando a novela no Jalapão. “Um lugar mágico. Retornei renovada. Torço para voltar a gravar lá”, acrescenta.
TRAMA DAS 21H
Na novela de Walcyr Carrasco, Raquel é uma artesã de capim dourado que trabalhava no quilombo, no Jalapão, em Tocantins. Mas o desejo de melhorar de vida sempre falou mais alto e ela resolve se mudar para a capital, Palmas. Na cidade, ela começa a trabalhar como empregada doméstica na casa de Nádia (Eliane Giardini), uma mulher racista, que reclama de tudo que Raquel faz. “Ela vai trabalhar na residência e conhece Bruno (Caio Paduan), filho de Nádia, e o amor acontece quando menos espera e a pessoa menos imagina. O amor não escolhe, ele acontece. E foi o que aconteceu com ela, que se apaixonou pelo filho da patroa e vice-versa”, conta Erika, que é bem romântica.
Raquel vai trabalhar na casa de uma mulher racista, conhece o filho dela, Bruno (Caio Paduan) e o amor acontece. (Foto: divulgação)
SOLTEIRA
“Estou solteira, mas ‘fechada’ a gente nunca está (risos). Se acontecer, aconteceu. Mas em busca, não estou”, frisa a atriz, que tem 32 anos e observa uma falta de romantismo nos rapazes. “Meu jeito de me relacionar é mais à moda antiga. Quero casar de branco na igreja. Gosto de cavalheirismo, como abrir a porta do carro. Não é porque eu não possa abrir, nada disso, mas é uma gentileza. São coisas pequenas que conquistam”, salienta. “Já entendi que príncipe encantado não existe. Não estão trabalhando mais com isso. Cada pessoa é encantadora do seu próprio jeito para uma outra. Ninguém é perfeito. Só não quero sofrer. Sou do lema antes só do que mal acompanhada”, diverte-se.
LIMITES
No caso da personagem Raquel, a não aceitação do relacionamento dela com Bruno por parte da patroa abalará a empregada. “Vamos lutar por esse amor. Só não sei se vai dar certo. Ela não abaixa a cabeça, como tantas vezes já fiz e já ouvi. Hoje em dia, calada eu não ficaria. Dependendo do que eu ouvir, vai variar também o grau de resposta”, atesta. Na novela das 21h, Raquel precisa ponderar suas atitudes, pois precisa do emprego para sobreviver.
“A situação do país influencia nas nossas atitudes. Quando se encontra um emprego, tem que agarrar com unhas e dentes. E se ela responde ao ouvir ofensa, vai ser demitida. Mas tudo tem um limite”, enfatiza.
“Estou solteira, mas ‘fechada’ a gente nunca está (risos). Se acontecer, aconteceu. Mas em busca, não estou”, frisa a atriz, que tem 32 anos e observa uma falta de romantismo nos rapazes. “Meu jeito de me relacionar é mais à moda antiga. Quero casar de branco na igreja. Gosto de cavalheirismo, como abrir a porta do carro. Não é porque eu não possa abrir, nada disso, mas é uma gentileza. São coisas pequenas que conquistam”, salienta. “Já entendi que príncipe encantado não existe. Não estão trabalhando mais com isso. Cada pessoa é encantadora do seu próprio jeito para uma outra. Ninguém é perfeito. Só não quero sofrer. Sou do lema antes só do que mal acompanhada”, diverte-se.
LIMITES
No caso da personagem Raquel, a não aceitação do relacionamento dela com Bruno por parte da patroa abalará a empregada. “Vamos lutar por esse amor. Só não sei se vai dar certo. Ela não abaixa a cabeça, como tantas vezes já fiz e já ouvi. Hoje em dia, calada eu não ficaria. Dependendo do que eu ouvir, vai variar também o grau de resposta”, atesta. Na novela das 21h, Raquel precisa ponderar suas atitudes, pois precisa do emprego para sobreviver.
“A situação do país influencia nas nossas atitudes. Quando se encontra um emprego, tem que agarrar com unhas e dentes. E se ela responde ao ouvir ofensa, vai ser demitida. Mas tudo tem um limite”, enfatiza.
COMPOSIÇÃO
Para compor a personagem, Erika buscou conversar com outras mulheres vítimas de preconceito. Claro, além da própria pesquisa interna/pessoal. “Conversar com os outros me dá uma visão diferente de como eles pensam e agem em relação ao racismo. Às vezes, tem situações que a gente sofre preconceito e é tão absurda que não sabemos como reagir. Tenho ouvido muito isso de outras pessoas, de diversas classes e profissões”, afirma. “Chorei vendo e ouvindo esses depoimentos. Durmo pesada, como essas coisas saem de dentro de alguém”, confessa.
ESPELHO
Erika afirma que recebe muitas mensagens nas redes sociais de jovens que se identificam com ela. “Fico tão feliz porque, quando era mais nova, não tinha muito em quem me inspirar na TV, em querer ter o cabelo igual. Hoje em dia, quando ouço isso, vejo que cada vez mais as mulheres não estão alisando o cabelo - nada contra quem o faz -, mas deixar o cabelo natural é uma aceitação. Por muitos anos, usei o cabelo liso. Era uma coisa a menos para me xingarem. Na época, entrei no ‘padrão’ para ser aceita. Nos últimos anos, tem tanta gente de cabelo black, homens que deixaram de raspar o cabelo... Vejo que é uma corrente de força, que me dá muito orgulho e emociona”, conta.
ESPELHO
Erika afirma que recebe muitas mensagens nas redes sociais de jovens que se identificam com ela. “Fico tão feliz porque, quando era mais nova, não tinha muito em quem me inspirar na TV, em querer ter o cabelo igual. Hoje em dia, quando ouço isso, vejo que cada vez mais as mulheres não estão alisando o cabelo - nada contra quem o faz -, mas deixar o cabelo natural é uma aceitação. Por muitos anos, usei o cabelo liso. Era uma coisa a menos para me xingarem. Na época, entrei no ‘padrão’ para ser aceita. Nos últimos anos, tem tanta gente de cabelo black, homens que deixaram de raspar o cabelo... Vejo que é uma corrente de força, que me dá muito orgulho e emociona”, conta.
ORGULHO
Morando no Rio de Janeiro desde 2014, a mineira é filha única e o orgulho da família. “Meu pai morreu em 2005 e não chegou a me ver atriz. Minha família tem muito orgulho de mim e eu, deles. Eles compram revista em que apareço, jornal. Leem o resumo da semana das novelas. Eles são verdadeiros noveleiros. Outro dia, minha avó disse que eu seria a Raquel de ‘O Outro Lado do Paraíso’, fiquei emocionada e impressionada que eles sempre estão ligados em tudo. E quando tem minha cena, eles falam: ‘Corre que vai passar a Erika’”, entrega, emocionada. “A minha família mora em Contagem. Eles são o meu motivo de ter forças e encarar tudo. São minha base e meu ar. Devo tudo que sou a cada um deles. Sempre que posso vou visitá-los”, completa Erika.
(Agência O Dia)
(Agência O Dia)
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