O ministro disse, entretanto, que o presidente poderá manter quadros da legenda como nomes de sua 'cota pessoal'
por Folhapress
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta quarta-feira (29) que o PSDB não faz mais parte da base de apoio do governo Michel Temer.
Em evento no Palácio do Planalto, o peemedebista lembrou que o comando nacional do partido já anunciou sua disposição em desembarcar do campo governista.
"O PSDB não está mais na base de sustentação do governo federal. O PSDB já disse que vai sair. Nós vamos fazer de tudo para manter a nossa base de governo e um projeto único de poder para 2018", disse.
Ele ressaltou, contudo, que mesmo que a sigla abra a mão dos cargos na Esplanada dos Ministérios, o presidente poderá manter quadros da legenda como nomes de sua cota pessoal.
"Uma coisa é um ministro que está no governo representando um partido. Outra coisa é o presidente manter alguém como representante de sua cota pessoal", disse.
A expectativa é de que o PSDB deixe o governo federal na semana que vem, antes da convenção nacional do partido, marcada para o próximo dia 9.
O presidente se reunirá no final de semana com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para discutir a melhor maneira de ocorrer o desembarque.
A tendência é que o único ministro da legenda que permaneça no cargo seja Aloysio Nunes Ferreira, de Relações Exteriores.
O ministro ressaltou que, mesmo com o desembarque do PSDB, o Palácio do Planalto espera que o partido vote favoravelmente à reforma previdenciária.
"Por tudo que sei da posição histórica do PSDB, a reforma previdenciária se encaixa plenamente [à ideologia do partido]. Inclusive a proposta original enviada pelo governo federal", disse.
Para 2018, o ministro não excluiu um eventual acordo entre PSDB e PMDB, mas ressaltou que o partido só estará alinhado na eleição presidencial com quem defenda o legado de Michel Temer.
"Não estamos excluindo ninguém, mas estamos colocando uma condição", disse. "Se o candidato do PSDB disser que defende o legado do presidente, há a possibilidade de uma aliança", acrescentou.
Segundo ele, a ideia é que seja lançado um candidato que represente a atual base aliada ao governo federal. Nos bastidores, tem ganhado força o nome do ministro Henrique Meirelles (Fazenda) como uma opção governista.
Perguntado, Padilha disse ainda que o Temer "não tem nenhuma pretensão de disputar a eleição do ano que vem".
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