segunda-feira, 20 de novembro de 2017

“Se não houver fraude, estarei no segundo turno”, diz Bolsonaro no “Canal Livre”


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Bolsonaro se saiu bem no “Canal Livre” da Band
Deu na Folha
Em entrevista ao programa “Canal Livre”, da Band, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) disse que, se não houver fraude nas eleições de 2018, com certeza chegará ao segundo turno da disputa. “Sou diferente de todos os presidenciáveis que estão aí. Quem declara voto em mim dificilmente mudará. Não havendo fraude, com certeza estarei no segundo turno”, afirmou. O pré-candidato diz contar com a simpatia de grupos específicos, como os evangélicos, os que querem ter arma em casa e setores do agronegócio.
Acredita, no entanto, que as eleições em urnas eletrônicas no Brasil não são limpas, e por isso defende a impressão do voto.
SEM INTERVENÇÃO – Bolsonaro participou de uma série do programa “Canal Livre” com os presidenciáveis. Foi entrevistado, na madrugada de domingo (19) para segunda (20), pelos jornalistas Fabio Pannunzio, Fernando Mitre, Julia Duailibi, Sérgio Amaral e Mônica Bergamo, colunista da Folha.
Por quase uma hora, tratou de temas como economia, segurança pública e a relação entre Executivo e o Congresso.
Questionado sobre manifestações pelo país que defendem o autoritarismo, disse que nunca pregou uma intervenção militar. “Mas se chegarmos ao caos, as Forças Armadas vão intervir para a manutenção da lei e da ordem”, afirmou, ecoando comentário similar do general Antonio Hamilton Mourão em setembro deste ano.
PRIVATIZAÇÃO – Bolsonaro disse ser favorável à privatização de estatais, mas defendeu que cada caso específico seja analisado com cuidado. Vê com receio, por exemplo, a entrada de capital chinês no país. “A China não está comprando do Brasil, e sim o Brasil.”
Bolsonaro fez críticas à Folha ao ser questionado a respeito de um levantamento de sua carreira no Congresso publicado pelo jornal. O texto revela que, a despeito do discurso liberal adotado recentemente, ele votou com o PT em temas econômicos durante o governo Lula.
“A Folha não é referência de nada. Não atendo mais a Folha. Eles deturpam tudo.”
POSIÇÕES – Na conversa Bolsonaro afirmou ainda ser imune à corrupção e que, em caso de vitória, não seguirá o modelo “toma lá, dá cá” para distribuir cargos.
Comporá um eventual ministério, afirmou, guiado apenas por critérios de competência, sem buscar agradar movimentos feministas, negros ou LGBTs.
Quanto a este último ponto, criticou a discussão de gênero nos colégios. “Eu quero que todos, inclusive os gays, sejam felizes, mas que esse tipo de comportamento não seja ensinado nas escolas”, argumentou. “Os pais querem ver o filho jogando futebol, não brincando de boneca por causa da escola.”
MATAR BANDIDOS – Ao tratar o tema da segurança pública, um dos principais eixos de seu discurso, defendeu maior rigor e a adoção de medidas enérgicas no combate ao crime.
“Se morrerem 40 mil bandidos [por ano, por ação da polícia], temos que passar para 80 mil. Não há outro caminho. Não dá para combater violência com políticas de paz e amor”, afirmou. “Preso não deve ter direito nenhum, não é mais cidadão. O sentido da cadeia não é ressocializar, mas tirar o marginal da sociedade.”
No encerramento do programa, em suas considerações finais, Bolsonaro afirmou que o Brasil “precisa de um presidente honesto que tenha Deus no coração”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Bolsonaro se saiu muito bem e mostra que será um candidato fortíssimo nesta eleição. O país está cansado de corrupção e anseia por maior rigor contra os criminosos e políticos enriquecidos ilicitamente. Em meio à crescente insegurança, os homens de bem querem retomar o direito de ter uma arma em casa, para defender a família e a propriedade. Afinal, votaram em plebiscito para garantir este direito que lhes foi tirado inconstitucionalmente. Mesmo assim, o Judiciário e o Legislativo nada fizeram e se curvaram ao Executivo. Hoje, se um ex-policial quiser ter uma arma tem de pagar uma taxa absurda anualmente, é uma política destinada a desarmar a todos, menos os criminosos. Isso significa que o terreno está fértil para uma candidatura como a de Bolsonaro. O assunto é importantíssimo e vamos voltar a ele. (C.N.)

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